Os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte/Eletrobrás estão em greve. Eles reivindicam pautas antigas, que estão sendo descumpridas pelo governo federal, tendo a luta contra a privatização como prioridade.
Para tratar sobre o tema, o Jornal Tambor recebeu nesta quarta-feira (2), Wellington Araújo Diniz, advogado e diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão.
(Veja, no final desse texto, a íntegra do Jornal, com a entrevista de Wellington).
Em sua fala, o advogado fez duras críticas ao presidente Bolsonaro e a tentativa do atual governo brasileiro de tentar privatizar a Eletrobrás, apontada por ele como sendo “um ato criminoso”.
Dentre as pautas da greve, estão a ausência de pagamentos de lucros e resultados e o aumento do plano de saúde – diferente do acordo coletivo feito em 2020. Também exigem a isonomia do salário dos trabalhadores da antiga Amazona Geração e Transmissão, incorporada na Eletrobrás.
Além disso, o sindicalista evidenciou que o governo federal também retirou testes de Covid-19, que estavam sendo realizados, logo no momento em que a doença voltou a atingir altos índices de contaminação. Este foi mais um motivo para a deflagração da greve.
Ele também disse à Agência Tambor que a empresa estatal acionou o Supremo Tribunal Federal para tentar invalidar a greve. Porém o Órgão ainda não se manifestou formalmente, pois primeiro ouvirá os trabalhadores.
É perceptível que a empresa estatal tem sido prejudicada e negligenciada por parte do governo Bolsonaro que tem a pretensão de privatizá-la. E o sindicalista lamentou este fato. “Infelizmente temos um governo anti-povo e isso acaba refletindo na gestão das empresas”, disse ele.
O advogado ressaltou também que antes de ser presidente, Bolsonaro tinha um discurso diferente do atual sobre a Eletrobrás, mas que hoje ele é um fantoche do capital internacional e por isso tem atuado contra ela.
Segundo Wellington Araújo, a alegação do governo federal de que a empresa é deficitária é falsa. Ele destacou que a Eletrobrás/Eletronorte nos últimos anos gerou lucros para o Brasil.
No momento os sindicalistas estão dialogando com as estatais e amanhã, dia 3, reunirão-se com as diretorias das empresas.
A greve começou no dia 17 de janeiro, com Furnas, CEPEL e Eletrobrás, no Rio de Janeiro, e se espalhou nacionalmente com articulação coletiva. Segundo o sindicalista, apesar de pautas em comuns as reivindicações são específicas em cada estado.
Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista do advogado e sindicalista Welington Araújo Diniz 👇🏾👇👇🏿