No próximo mês de maio, devem ocorrer eleições para reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
O professor Wagner Cabral, do departamento de História da UFMA – referência no estudo da estrutura oligárquica do Maranhão – defende um aprofundamento do debate, em torno desse processo eleitoral.
Wagner Cabral deu uma entrevista na quarta-feira (15/03) ao Jornal Tambor, tratando dessa eleição, do processo histórico de poder na UFMA e da atual conjuntura, incluindo a luta antifacista.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Wagner Cabral)
Há cerca de 25 anos, a UFMA vive sob a influência do atual reitor, Natalino Salgado, que mais uma vez terá um candidato.
Wagner lembrou da adesão incondicional de Natalino ao bolsonarismo, incluindo assinatura em manifesto a favor da Cloroquina (ele é médico!). E enfatizou que existe um longo caminho para “vencer o fascismo estrutural” e que essa luta é uma “tarefa da sociedade”.
O historiador também lembrou as perseguições de Natalino Salgado ao movimento sindical (APRUMA), ao movimento estudantil (DCE) e a toda e qualquer pessoa da instituição que questione essa oligarquia universitária.
Wagner fez um histórico do bloco de poder que persiste na reitoria. Disse “a UFMA tem um grupo de poder desde sua fundação, durante a Ditadura Militar” quando José Sarney era o representante local do regime.
O professor ressaltou que esse bloco de poder passou pela área médica, com uma sequência de reitores do setor.
Wagner Cabral diz que para haver candidatura verdadeiramente democrática é necessário que ocorra “participação ativa da comunidade acadêmica”.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Wagner Cabral)