
Cinco meses se passaram desde da realização do plebiscito do Passe Livre Estudantil em São Luís, ocorrido na eleição municipal de 2024.
Aproximadamente, 90% dos votos foram a favor da gratuidade das passagens de ônibus para todas as pessoas que estudam no município.
Entretanto, a falta de transparência da prefeitura sobre o tema e a demora da sua implementação estão deixando a população indignada.
Vários atos e manifestações têm sido organizados com o objetivo de chamar atenção do poder executivo municipal sobre a urgência de implementação do Passe Livre.
O Jornal Tambor de sexta-feira (21/02) entrevistou Patrícia dos Santos Pinto, Samuel Costa Sousa, Rebeca Rodrigues, Allan Pereira e Gabriella Monteiro – integrantes de organizações estudantis que participam da Frente do Passe Livre Já.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Patricia, Allan, Gabriella, Rebeca e Samuel)
Segundo os estudantes, Eduardo Braide, atual prefeito de São Luís, precisa cumprir com a vontade popular e implementar o Passe Livre estudantil.
Além disso, a prefeitura deve cumprir seu papel urgentemente e indicar os três representantes para a comissão tripartite que discutirá a implantação do Passe Livre Estudantil.
Rebeca disse que essa política vai beneficiar várias famílias pobres de São Luís, por isso é importante a sua implementação ainda este ano.
“É fundamental que o Passe Livre também possa complementar outros municípios como Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar”, destacou Rebeca.
De acordo com Patrícia, a Prefeitura diz que não existe recurso suficiente para custear a política do Passe Livre, mas, para ela, “o órgão tem todos os recursos necessários para executar o projeto”.
Gabriella e Samuel falaram sobre as dificuldades que enfrentam no dia a dia ao pegar o transporte coletivo na capital. Além da demora no ponto de ônibus, precisam enfrentar lotação, calor, tarifa cara e insegurança.
Allan complementou que esses problemas aumentam ainda mais para quem mora distante dos centros. Nas periferias, os alunos e alunas se arriscam diariamente a caminho da escola, quando não têm o dinheiro da passagem. Alguns vão a pé para não perder a aula.
“Sou do bairro da Liberdade, trabalho e estudo, conheço muita gente que tem essa rotina. Às vezes, não tem o valor da tarifa do ônibus e vão se arriscando nas ruas. Queremos mais dignidade e direito de ir e vir na cidade”, enfatizou Allan.
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com a Prefeitura de São Luís sobre a implementação do Passe Livre Estudantil. Assim que o órgão responder, essa matéria será atualizada imediatamente.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Patricia, Allan, Gabriella, Rebeca e Samuel)