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Desmonte do Bradesco: exclusão social e prejuízo econômico no Maranhão

36 agências e postos já foram fechados no Maranhão e a tendência é de aumento Foto: Institucional/site

A luta do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB/MA) contra o desmonte do Bradesco no Estado segue ganhando força com a adesão de entidades, parlamentares e outros segmentos da sociedade civil organizada.

A audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) teve a presença expressiva de diversos segmentos e entidades. O encontro aconteceu na segunda-feira (26/05), no auditório Gervásio Santos, na Alema, em São Luís.

O objetivo da reunião foi debater os impactos do fechamento de agências e postos do Bradesco nos municípios maranhenses, e, para tanto, reuniram-se na casa prefeitos, vereadores, deputados estaduais, sindicalistas, as entidades SINDIVIG, SINTRAJUFE, SINDSALEM, SIMPROESEMMA, APRUEMA e a população em geral.

Na audiência, foram apresentados dados sobre os prejuízos dessa reestruturação imposta pelo Banco Bradesco. Em São Félix de Balsas, por exemplo, os clientes – incluindo aposentados, pensionistas e usuários de programas sociais – passarão a depender de uma travessia de balsa para acessar serviços bancários em outra cidade.

O coordenador do Sindicato Bancários do Maranhão Edvaldo Castro pontuou que, em São Félix de Balsas, o comércio também será diretamente afetado, “agravando ainda mais a exclusão social e econômica da cidade, bem como de todas as demais cidades atingidas”.

Ainda na audiência, o SEEB/MA denunciou que desde 2024, 36 agências e postos já foram fechados no Maranhão e alertou que a tendência é de aumento.

“A reestruturação é nacional e o Bradesco tem ignorado o impacto social em nome de mais lucro: foram quase R$ 20 bilhões em 2024 e mais de R$ 6 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2025. Mesmo com toda essa lucratividade, o banco penaliza todos e todas”, refletiu o coordenador Cláudio Costa.

O Sindicato também enfatizou a traição do Bradesco. A instituição financeira adquiriu o antigo Banco do Estado do Maranhão (BEM), prometendo manter sua atuação em todos os municípios. “Hoje, o Bradesco rompe com esse compromisso e abandona os maranhenses, ceifando empregos e excluindo os mais pobres ao acesso bancário”, acrescentou a coordenadora Lívia Morais.

O Bradesco foi convidado oficialmente pela Assembleia Legislativa do Maranhão e não compareceu. Sua ausência foi duramente criticada pelos parlamentares. O banco alegou “incompatibilidade de agenda”, o que foi interpretado como um desrespeito à Casa e à sociedade maranhense.

Em resposta, os deputados estaduais Carlos Lula, Catulé Júnior, Ricardo Arruda, Dra. Viviane, Júlio Mendonça e outros parlamentares prometeram intervir junto à bancada federal no Congresso Nacional para pressionar o banco e impedir esse verdadeiro retrocesso social e econômico.

O coordenador geral do Sindicato, Rodolfo Cutrim, avaliou como extremamente positiva a audiência e toda a mobilização para evitar o desmonte do Bradesco no Maranhão. “A nossa mobilização só cresce. O SEEB/MA segue atuando em todas as frentes para defender o emprego dos bancários e o direito da população a um atendimento digno”, enfatizou o sindicalista.

Participaram ainda da audiência os coordenadores Dielson Rodrigues, Cássio Valdenor, Marla Brito, Amilton Fernandes, Marcelo Bastos e Gerlane Pimenta, reforçando o compromisso do SEEB/MA com essa luta.

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