Moradores da comunidade do Cruzeiro do Anil, em São Luís, promoveram um “Abraço da Esperança e da Paz”. Vestindo camisas brancas, eles se reuniram no domingo (17/03), em frente à Igreja São Sebastião.
O ato foi pela defesa da preservação da praça e do bairro Cruzeiro do Anil.
A manifestação representa um ‘não’ às propostas da prefeitura de São Luís para resolver os constantes problemas de tráfego de veículos e pessoas no local.
No dia 14 de março uma comissão da comunidade São Sebastião foi convocada para uma reunião na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp).
O órgão apresentou propostas para resolver o problema do tráfego da Avenida de São Sebastião, como a intervenção no largo da frente da igreja e parte da praça para colocar uma rotatória.
Outra proposição foi o fechamento de toda a extensão da avenida e a elaboração do retorno de quadra na rua 25 de dezembro ao lado da Maranhão Motos.
Diante das sugestões apresentadas, a comunidade se reuniu no dia 15/03 e concluiu que não é sua responsabilidade decidir pela prefeitura de São Luís, via Semosp.
Os moradores não concordam na retirada de parte do pequeno largo da Igreja e da praça, que são símbolos da fundação do bairro.
Mobilização
Com a presença de representantes locais, membros da União de Moradores do Cruzeiro do Anil, lideranças da igreja católica, da paróquia Nossa Senhora da Conceição do Anil e representantes de igrejas evangélicas e da umbanda, a comunidade se reuniu para cobrar a gestão municipal.
Os moradores pedem outra alternativa para melhorar o trânsito no bairro, sem a intervenção do pequeno largo.
A coordenadora da Igreja São Sebastião, Leila Fonseca, destacou que a comunidade expressou sua esperança, a busca pela paz e pela preservação da praça, ameaçada de ser removida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp).
“Nos unimos em oração, pedindo para que o Senhor Jesus sensibilize àqueles que pretendem remover parte da praça e o cruzeiro, um marco centenário que dá nome ao nosso bairro”, disse.
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Gilvana Cardoso, vice-presidente da União dos Moradores do Cruzeiro do Anil, afirmou que a comunidade não “concorda com a diminuição da acessibilidade de crianças e idosos que frequentam a região, portanto, é inconcebível a retirada da praça, local de vivência dos moradores”.
Já a moradora Tereza Cardoso enfatizou a importância histórica do cruzeiro, mencionando sua presença no bairro desde sua chegada em 1974. “Manifestamos a nossa esperança de que a prefeitura de São Luís resolva a situação sem prejudicar a comunidade, especialmente, ao arrumar a avenida adjacente”, disse.
Ao final do “Abraço”, os presentes cantaram a oração de São Francisco e rezaram a invocação do Espírito Santo sob a liderança do pároco da Paróquia do Anil, Frei Pablo Portilho.