
Familiares do casal Sandra Dorado e Joel Bastiaens, assassinados em fevereiro de 2010, no bairro do Araçagy, na divisa dos municípios de São José de Ribamar e São Luís, cobram justiça e fazem campanha oferecendo o valor de R$ 100 mil por pistas sobre o autor (a) do crime.
Sandra era maranhense e Joel holandês. Na época os dois eram corretores de imóveis e foram atraídos para uma casa na região do ocorrido, por um suposto comprador e foram mortos a tiros no local. Após 15 anos do crime ninguém foi preso e o caso nunca foi esclarecido.
No ano passado, o Governo do Maranhão foi condenado pela 3ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, que determinou o pagamento de R$ 100 mil por danos morais e materiais aos familiares das vítimas.
A Agência Tambor entrevistou na terça-feira (15/04) Frans Nederstigt, advogado do caso com atuação na área de Direitos Humanos, e Loes Hamel, mãe de Joel.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra de Frans e Loes)
Segundo Frans, “foram feitas reuniões com o governo do Estado, para reabrir o processo, porém sem conclusões claras. Então, as famílias decidiram entrar com um pedido de indenização na justiça contra o Estado, onde foi concluído que o governo teve falhas nas investigações”.
Além disso, já existe agora uma denúncia internacional contra o Estado Brasileiro em relação a essas falhas. O advogado falou que “esse caso foi levado em 2018 para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que investiga o caso, porque houve tanta demora sem justificativa nas investigações e não se deu uma conclusão nesse inquérito criminal”.
De acordo com o jurista o processo está em fase de possíveis acordos entre as partes citadas.
O que dizem os familiares
As duas famílias seguem mobilizadas na luta por respostas sobre quem matou Joel e Sandra, e cobram ações urgentes do Estado.
Para Loes, “desistir não é uma opção. Espero que eventuais provas e testemunhas que ainda não foram investigadas possam ajudar a polícia e a justiça do Maranhão a elucidar o crime”.
A mãe de Joel espera que a Campanha “Você tem a Dica de Ouro”, promovida pelos familiares, ajude no processo de investigação do caso.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Frans e Loes)