Nesta segunda-feira (29), o Jornal Tambor recebeu o epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Pública e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva UFMA, Antônio Augusto Moura da Silva, que falou sobre a situação do novo coronavírus no Brasil e sobre o surgimento da variante Ômicron.
O médico cientista esclareceu que o grande diferencial da pandemia, neste momento, é a cobertura vacinal nos países. O Brasil por conta de sua cultura de vacinação conseguiu atingir uma razoável imunização com mais de 60% de sua população vacinada.
Essa adesão à vacina contra a Covid-19, fez com que o país alcançasse um nível de contaminação baixa, até o momento. Mas ele também pontuou que é preciso estar atento porque esta realidade pode mudar a qualquer momento, se houver descuidos.
Quanto à nova variante, denominada Ômicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Augusto Moura esclareceu à Agência Tambor que ainda há pouco conhecimento sobre o real potencial de contaminação dela.
Segundo o médico, ela foi detectada por cientistas na África do Sul, embora provavelmente tenha surgido em outra localidade. E até o momento, apenas pessoas jovens foram infectadas com sintomas leves.
O epidemiologista também destacou que não há indicativos que as vacinas aplicadas contra a Covid-19 não protejam contra a variante Ômicron.
“Não é provável que a variante consiga escapar das vacinas. Pode acontecer dela escapar parcialmente, mas ainda não se sabe”, disse ele. No entanto, o professor ressaltou que certamente os imunizantes ainda possam prevenir os casos de hospitalizações e de mortes.
De acordo com ele, a recomendação das medidas preventivas contra a Covid-19 – como o uso de máscaras e o distanciamento social -, devem ser seguidas para a nova variante.
Além disso, Augusto Moura pontuou que a liberação do uso de máscaras em locais fechados não é correto. Ele destacou que o uso dela é essencial.