Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
03/02/2021
Foto: A. Bâeta/Prefeitura de São Luís
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – Núcleo Maranhão (ABJD – MA) protocolou representação ao Ministério Público do estado para que adote medidas mais duras para combater a segunda onda de casos de Covid-19 em São Luís e Imperatriz.
O advogado e integrante da coordenação estadual da ABJD-MA, Guilherme Zagallo, em entrevista ao Radiojornal Tambor, nesta quarta-feira, 03, explicou as preocupações da associação e sobre a representação ao MPMA.
De acordo com ele, um dos fatores mais relevantes para a atenção com a segunda onda no Maranhão é, principalmente, o número de leitos ocupados tanto em hospitais privados quanto públicos. E os dados apresentados pelo governo estadual apontam que a Capital e Imperatriz estão chegando no limite da saturação da saúde.
Zagallo destaca a preocupação de que as cidades maranhenses vivam momentos semelhantes a Manaus e outros municípios brasileiros que estão em colapso. E se nada for feito pelo Poder Público, de acordo com as projeções e dados, nas próximas semanas isto pode acontecer.
“Países, estados e cidades que não tomaram essas medidas no tempo devido acabaram pagando um preço maior em vidas perdidas, em sobrecarga de saúde”, diz ele.
Outro ponto a ser considerado, segundo o advogado, é que a vacina ainda não está amplamente disponível no Brasil e que não há previsão de imunidade coletiva a partir dela. Além disso, estudos indicam que outras variantes do novo coronavírus já circulam pelo país e os cientistas apontam que elas podem ser mais transmissíveis, o que é ainda mais preocupante.
“Se não adotarmos medidas preventivas podemos ter um crescimento ainda pior da taxa de mortalidade com todas as consequências sociais e econômicas”, indica Guilherme Zagallo.
Ele também ressalta que a melhor prevenção contra a Covid-19 ainda é o distanciamento social e cabe ao Poder Público evitar que não haja colapso em São Luís e Imperatriz.
Guilherme Zagallo também evidencia que o Poder Judiciário não deveria ter que determinar quais medidas de prevenção para a Covid-19, no entanto, o Ministério Público pode avaliar os dados e cobrar ações mais duras do Poder Público.
Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast:
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