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Conferencia da ONU: mais uma oportunidade de luta pela oficialização da Resex Tauá-Mirim

A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) vai ser realizada em Belém, em novembro deste ano de 2025, no Pará.

E, necessariamente, tratará das desmandas que hoje ocorrem na capital maranhense. Uma das pautas urgentes é a poluição ambiental na Grande Ilha de São Luís.

Preservação é um ponto fundamental para controle das mudanças climáticas e prejuízos ao meio ambiente que ocorrem frequentemente na ilha, diante do avanço urbano desordenado e do crescimento de empreendimentos que não são sensíveis as necessidades ambientais.

É neste contexto que foi lançada, em São Luís, no último sábado (26/04), a campanha “Resex Tauá-Mirim Já”, para fortalecer a mobilização social e garantir o reconhecimento da Reserva Extrativista (Resex) Tauá-Mirim, no município de São Luís do Maranhão – uma área de proteção à natureza, de conservação da biodiversidade e de segurança alimentar e sustento das comunidades locais.

Entre as ações da campanha, foi dado inicio a circulação de um abaixo-assinado de uma a petição pública solicitando o decreto oficial da Reserva Extrativista e da proteção do território.

O “Dedo de Prosa”, programa de entrevistas promovido pela Agência Tambor, do dia 29 de abril, entrevistou Beto do Taim e Jercenilde Cunha. Ele é pescador, ela é assistente social, e ambos vivem na área onde fica a reserva, que hoje grita por proteção.

(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra de Beto do Taim e Jercenilde Cunha)

Vários movimentos sociais e organizações estão se mobilizando para a COP 30, com o objetivo de influenciar as decisões e garantir que a conferência atenda as reais necessidades de povos e comunidades mais vulneráveis no país.

Beto destacou a importância da COP debater soluções para a crise climática e que traga resultados efetivos ao meio ambiente e à sociedade.

O pescador falou que agora é o momento da pressão popular e de priorizar o fortalecimento de lutas, como, por exemplo, a decretação da Resex.

“Há mais de 20 anos estamos nessa luta de proteger a Resex Tauá-Mirim. A COP será um momento de externalização da nossa luta, para termos um avanço positivo para que esse projeto seja viável pra todos, principalmente para a população mais empobrecida”, relatou Beto.

Jercenilde disse que o impacto de indústrias e o avanço da construção imobiliária na região metropolitana de São Luís acaba impactando de maneira negativa a saúde das pessoas e o meio ambiente.

Para a moradora da comunidade Rio dos Cachorros, localizada na região da Resex, proteger a Reserva é garantir uma esperança para a melhoria ambiental e social, já que diversas comunidades dependem da área para tirar o seu sustento. E que a COP será um evento importante para discutir pautas que já estão atingindo o dia a dia de vários povos e comunidades tradicionais no Maranhão e no Brasil.

“A Reserva é o grande pulmão de São Luís. É preciso que se cuide dessa riqueza ambiental que temos hoje na Ilha. Para isso temos que proteger essa área”, afirmou Jercenilde.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Beto do Taim e Jercenilde Cunha )

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