Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
03/06/2020
De acordo com Jô Brandão, em entrevista ao Radiojornal Tambor, as lideranças religiosas têm um papel social importante no sentido da formação de opinião pública e da disseminação adequada de informações.
Ressaltando isso, a Iyalorixa de Candomblé, ativista dos direitos de povos e comunidades tradicional, contou à Agência Tambor, sobre a criação do comitê afro-religioso de combate à Covid-19 no Maranhão.
A ativista explicou que a iniciativa surgiu da inquietação sobre a adoção de medidas para superação das dificuldades em meio a pandemia. Segundo ela, as desigualdades sociais são a base para o impacto maior na vida de pessoas mais pobres do país, em maioria, os negros (quilombolas, de terreiro).
“O comitê nasce do sentimento de que é preciso reagir e buscar meios de superação, porque o Estado brasileiro não está preparado para a pandemia”, declarou a ativista.
Jô Brandão também contou que pessoas de religião de matriz africana têm um papel de agente mobilizador nos bairros periféricos, nas comunidades tradicionais e rurais.
“Somos referência nos bairros onde atuamos, e também precisamos tomar medidas que colaborarão com o impacto da Covid-19 na sociedade”, argumentou. “Entendemos que somos zeladores e protetores da vida, porque somos do Axé”, ressaltou a Iyalorixa de Candomblé.
Para ouvir a entrevista completa confira nosso TamborCast.