A Caixa Econômica Federal tem sofrido com a falta de trabalhadores nas agências. É preciso contratar mais bancarias e bancários. Trata-se de um banco que tem um papel social fundamental na vida de milhões de brasileiros e brasileiras.
Além disso, tem o impacto do fechamento de agências da Caixa Econômica Federal em todo o Brasil (CEF). O assunto referente as agencias da CEF foi tema de uma audiência pública realizada na quinta-feira (10/10) pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O debate, proposto pela deputada federal Erika Kokay (PT/DF), teve como objetivo analisar a nova reestruturação da Caixa, que resultou no fechamento de 120 agências físicas em todo o Brasil, além de gerar insegurança e temor, especialmente entre os funcionários terceirizados do banco.
“Há muitas fraudes ou descumprimentos de obrigações trabalhistas por parte das empresas prestadoras de serviços. Penso que a Caixa deve buscar mecanismos para evitar que isso aconteça. Os funcionários não podem ser penalizados porque a empresa está em dificuldades financeiras”, afirmou a parlamentar.
Erika Kokay também anunciou que buscará uma solução negociada com todas as partes envolvidas (Caixa, empresas, funcionários e sindicatos) para garantir “dignidade aos trabalhadores que constroem a Caixa todos os dias, bem como o pagamento de seus salários, benefícios e direitos”.
O presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), Sérgio Takemoto, criticou a falta de preparação do banco para essa nova fase.
“A Caixa não preparou os seus funcionários nem as estruturas necessárias para que pudessem desempenhar suas funções de forma adequada. Não podemos tratar a Caixa da mesma maneira que os bancos privados veem a transição para o digital. Como o próprio slogan diz, ‘a Caixa é mais que um banco’. A Caixa possui um atendimento social, programas sociais, que exigem um número maior de agências físicas”, destacou Takemoto.
Durante a audiência, os parlamentares sugeriram novas reuniões para ajustar o processo de reposicionamento das unidades da Caixa, que atualmente atende mais de 150 milhões de clientes, com 25.771 pontos físicos de atendimento, incluindo 4.170 agências, além de mais de 24 mil caixas eletrônicos e quase a mesma quantidade de correspondentes bancários.
O outro lado
Na audiência, a Caixa Econômica Federal apresentou os avanços no atendimento digital aos clientes, acompanhados da ampliação de pontos físicos para transações presenciais.
A superintendente nacional de Estratégia de Clientes, Canais e Inovação do banco, Fernanda de Castro, afirmou que a atual gestão está ciente do tamanho e da importância da Caixa para a população.
“Em nenhum momento a Caixa deixa de ter a capilaridade e a força como premissas estratégicas. Entendemos a importância de manter uma presença física espalhada por todo o território. As unidades selecionadas para o reposicionamento digital estão localizadas em áreas onde há outras agências da Caixa em um raio de pelo menos 3 quilômetros”, explicou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias