Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
24/05/2021
Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Na última quinta-feira (20), o governo do Maranhão confirmou casos da variante indiana da Covid-19, B.1.617, no estado. A cepa foi detectada em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que chegou à costa maranhense em 14 de maio.
A médica infectologista, Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, participou do Jornal Tambor, nesta segunda-feira (24), e abordou alguns pontos sobre a variante.
Ela explicou do porquê a preocupação com a cepa chamada B.1.617. De acordo com a médica, a Organização Mundial de Saúde colocou alerta, no dia 10 de maio, sobre esta nova variante, classificando-a como preocupante devido ao nível de transmissibilidade dela.
A infectologista ressalta que a variante indiana já é considerada, por alguns estudiosos, como uma nova linhagem e não só uma variante, devido às diversas replicações do vírus original.
“Há uma evolução muito rápida por conta de países como Brasil e Índia que não controlam a transmissão”, evidencia.
E este descontrole do Brasil e da Índia pode botar todo o atual trabalho de vacinação a perder. As atuais vacinas podem não ter efeito sobre o vírus, após esse acelerado processo de mutação.
Outro ponto importante, para ela, é como não se pode confiar na vacina como única medida de combate ao vírus. É necessário medidas de restrição para que ele não se espalhe. Pois, “quanto mais o vírus circula, mais tende a fazer mutações”, ela explica.
Maria dos Remédios também diz que é necessário uma análise sobre as variantes existentes em São Luís, pois de acordo com o comportamento do vírus, como o elevado o número de casos, há indicações que a cepa indiana chegou antes do navio ou que haja uma nova mutação na cidade.
De acordo com a infectologista, a vigilância sanitária brasileira não consegue acompanhar a mudança do coronavírus no país, pois não há testagem em massa da população.
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