Foto: SEEBMA Vestidos de preto, em uma demonstração de luto, bancários do Maranhão promoveram um Dia de Luta em Defesa dos Caixas do Banco do Brasil na segunda-feira (05/08).
O ato ocorreu em São Luís, em frente à agência da Praça Deodoro, no Centro da capital maranhense.
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Os funcionários protestaram contra a decisão do Banco do Brasil (BB) de extinguir a função de caixa. A medida prejudicará a vida dos bancários e os serviços prestados à população.
Durante o ato, o atendimento foi retardado em várias agências do BB no Maranhão. Os bancários saíram do banco de horas e paralisaram as vendas nos guichês para evidenciar que os caixas são essenciais para o bom atendimento aos clientes e para a lucratividade do banco.
O coordenador do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Dielson Rodrigues, destacou que, em 2023, o Banco do Brasil lucrou R$ 35,5 bilhões. Segundo ele, “não há motivo para extinguir funções e achatar o salário dos bancários. A população tem o direito de escolher entre usar o serviço digital ou os guichês”.
O coordenador-geral do Sindicato, Rodolfo Cutrim, afirmou esperar o bom senso do BB nesta Campanha Salarial 2024, a fim de “assegurar no acordo coletivo a continuidade dos caixas e o respeito aos seus clientes e funcionários que tanto dependem da função do caixa nas agências”.
Projeto de Lei
Durante o ato, os bancários também coletaram assinaturas para um projeto de lei que visa obrigar os bancos a oferecerem o serviço de caixa em todas as agências bancárias.
A iniciativa do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB/MA), em parceria com a UnacaiexBB e outras entidades, visa assegurar apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular “Na Boca do Caixa”.
O projeto garante o direito do consumidor de realizar quaisquer transações em guichês de caixa nas agências bancárias, além de preservar a função de caixa e a dignidade dos clientes não adaptados à digitalização ou que simplesmente preferem realizar determinadas transações no guichê, por conveniência, segurança ou qualquer outro motivo.
De acordo com o projeto, as instituições financeiras ficam obrigadas a oferecer todas as transações previstas em outros canais também nos guichês de caixa de suas agências, incluindo recargas de celular e outros serviços pré-pagos, pagamentos e transferências via PIX e transações realizadas por Real Digital – DREX.
As instituições financeiras também ficam obrigadas a exibir comunicados nas salas de autoatendimento e nos ambientes de atendimento em guichês de caixa, em pontos de fácil visualização pelo público, escritos em caixa alta e em fonte de número 40.
Esse comunicado deve informar que “esta instituição financeira é obrigada a realizar transações de saques, depósitos, pagamentos e transferências requeridas pelos clientes e usuários através de atendimento humanizado em guichê de caixa, desde que dentro dos limites de movimentação em espécie e cumprindo exigências de identificação determinadas pelo Banco Central. O descumprimento desta determinação legal deve ser comunicado ao Procon”.
As instituições financeiras que não possuem agências bancárias próprias com guichês de caixa ficam obrigadas a estabelecer convênios com outras instituições financeiras para disponibilizar guichês de caixa para o atendimento de transações aos seus clientes.
Para que o projeto seja levado à votação no Congresso Nacional, é necessário o apoio de 1% do eleitorado brasileiro.
