Bancários e bancárias do Itaú Unibanco aprovaram – sob protesto – a proposta de acordo coletivo que regulamenta o teletrabalho, o sistema alternativo de controle de jornada, o termo de validação das anotações no registro de ponto eletrônico, horas extras, banco de horas semestral e a bolsa auxílio-educação.
Em Assembleia Geral Virtual, realizada na terça-feira (14/1), os bancários criticaram, também, o valor da bolsa educação, que é, em média, inferior às mensalidades das faculdades privadas.
A coordenadora do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Gerlane Pimenta, disse que os trabalhadores mostraram preocupação com a isenção da faixa de gerência, além da ausência de ponto eletrônico para gerentes gerais, cláusulas que prejudicam a comprovação da jornada, que é extensa e precarizada.
“A extensão do banco de horas de mensal para semestral facilita a compensação, mas para o Sindicato toda hora extra deveria ser paga, não compensada”, ponderou Gerlane.
Para a direção do SEEB/MA, esse acordo é rebaixado e reflete as fragilidades da atual Convenção Coletiva dos Bancários (CCT), negociada entre os banqueiros e a CONTRAF-CUT.
“Essa Confederação não representa os bancários, resultando sempre em acordos que reduzem nossos direitos. Por isso, defendemos o fortalecimento da oposição bancária, a criação de uma alternativa à Contraf-CUT, além de soluções para que os trabalhadores assumam o controle das negociações com os patrões para obter conquistas reais”, enfatizou a sindicalista Gerlane Pimenta.