Eliseu Castro, acusado pelo assassinato da jovem lésbica Ana Caroline Campelo, segue em previsão preventiva. O crime aconteceu na cidade de Maranhãozinho (MA), no dia 10 de dezembro de 2023,
Segundo o Levante Nacional Contra o Lesbocídio, o Júri popular está previsto para ser realizado em março de 2025, na Comarca de Governador Nunes Freire, município do Maranhão.
A primeira audiência do caso aconteceu em julho de 2024, a motivação ainda é desconhecida pela justiça.
Após um ano do crime contra Ana Caroline, familiares, sociedade e movimento civis organizados pedem justiça pela morte brutal, com requintes de crueldade da jovem maranhense.
Além disso, lutam para que esse crime não seja esquecido.
O Jornal Tambor de segunda-feira (16/12) entrevistou Mustella. Ela é psicóloga clínica, redutora de danos, lesbofeminista e pesquisadora da lesbianidade negra, além de integrante do Levante Nacional Contra o Lesbocídio.
(Veja, ao final deste texto, a íntegra da entrevista de Mustella)
De acordo com Mustella, é necessário que se criminalize o lesbocídio no país, com a aprovação da Lei Luana Barbosa.
Para ela as lésbicas continuam invisibilizadas no Brasil, não existem políticas públicas que assegurem todos os direitos dessa população.
“As lésbicas no Brasil não estão seguras, os dados do lesbocídio são alarmantes. Nós precisamos olhar para essa comunidade com seriedade. Ainda estamos sendo vítimas do ódio e do preconceito contra nossos corpos”, afirmou a lesbofeminista.
A integrante do Levante Nacional Contra o Lesbocídio, disse que os atos, as cobranças e a luta por justiça por Ana Caroline vão continuar com mais força.
(abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Mustella)