Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
21/05/2020
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) estabeleceu, na segunda-feira (18), por meio da Resolução Nº 1.999-Consepe, o Calendário Acadêmico Especial da Graduação, que será ministrado de forma remota em decorrência do isolamento social.
De acordo com a instituição, foi realizada uma consulta prévia, sobre o assunto, com a comunidade acadêmica (docentes, discentes e técnicos administrativos).
O presidente da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão (APRUMA), Bartolomeu Mendonça, em entrevista ao Radiojornal Tambor, nesta quinta-feira (21), conversou sobre o tema e falou da posição do sindicato sobre a Resolução.
Segundo ele, é preciso uma consulta real com toda a comunidade. O sindicalista denunciou que antes do término do prazo, quando diversos Departamentos, cursos e Centros, ainda estavam discutindo e debatendo a Minuta, ela foi transformada em Resolução.
“Não foi um processo de consulta em que de fato quem faz a universidade conseguisse participar. Foi no mínimo muito limitada”, destacou.
Além disso ele ressaltou durante entrevista, como é preciso pensar na questão estrutural do acesso à internet. Levando em consideração os provedores, a localização dos estudantes e a tecnologia disponível.
“Na estrutura do Maranhão, como estado do Nordeste, o acesso à internet é muito limitado. Manter-se em casa não é uma garantia que se tem internet”, explicou o presidente da APRUMA.
Outro ponto apresentado por Bartolomeu Mendonça, é o fato da Resolução colocar como opcional a adesão de alunos e professores ao calendário especial. Essa condição estabelecida cria, segundo ele, uma situação em que se pode considerar avaliar professores e alunos que queiram aderir ou não ao programa.
“Não se pode pensar em uma instituição por adesão. Ou de fato se atende a todos que compõem a UFMA ou não se atende (ninguém)”, observou o sindicalista.
Para ouvir a entrevista completa confira nosso TamborCast.