A Vale apresentou ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (STEFEM) sua contraproposta com os itens econômicos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2024).
Segundo diretores do STEFEM, a empresa seguiu à risca o que vinha insinuando nas últimas reuniões de negociação, quando questionava o que seria mais importante: o reajuste nos salários ou nos benefícios, incluindo o cartão alimentação.
Na contraproposta, a Vale se limitou a conceder o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) integral da inflação acumulada em doze meses nos salários e benefícios, sem qualquer acréscimo no cartão alimentação.
A diretora do STEFEM, Conciléia de Jesus, ressaltou que a “Vale não apresentou uma proposta decente que atenda aos anseios da nossa categoria e, portanto, mais uma vez recusamos em mesa de negociação”.
Leia também: Rebatendo ameaças e ataques de ódio: APRUMA lança nota em defesa da UFMA, do GAEP e da ciência pública
Para o STEFEM, a Vale parece não ter ouvido o que o Sindicato reivindicou como expectativa urgente dos trabalhadores: o ganho real nos salários, no cartão alimentação e nos benefícios socioeconômicos.
O diretor de Política Sindical e Comunicação do STEFEM, Ribamar Fonseca, destacou que, além de ser uma proposta muito ruim, não contempla nenhum ganho real. “A nossa posição é que não levaremos para assembleia geral dos servidores nenhuma proposta que não atenda aos interesses da categoria”, assegurou o sindicalista.
Por fim, em informativo aos trabalhadores, o Sindicato reiterou que “é inaceitável uma contraproposta que representa arrocho e prejuízo em direitos que foram conquistados ao longo dos anos e estão consolidados como fundamentais para os trabalhadores, visando contrapor salários baixos e garantir a PLR como um direito para desafogar compromissos e dívidas acumuladas”.