O programa História Viva, uma parceria da Associação Nacional de História – Seção Maranhão (ANPUH/MA) e da Agência Tambor, é certificado com o selo “Saberes Históricos”.
A certificação é uma iniciativa do Fórum Saberes Históricos, que reúne associações profissionais e coletivos diversos mobilizados para estabelecer compromissos éticos sobre a produção e difusão dos saberes históricos.
O selo “Saberes Históricos” permite ao grande público identificar os vários tipos de produtos que reforçam os princípios éticos da disciplina de História e os valores democráticos da sociedade brasileira.
A certificação é um recurso político e um instrumento de luta de historiadores, profissionais e outros sujeitos que produzem saberes históricos, integrando uma comunidade de produtores de conhecimento e saberes no campo da História.
O selo é um sinal de reconhecimento atribuído a práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico, realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados e comprometidas com valores científicos e éticos.
Com duração de dois anos, o selo é concedido a produtos acabados ou a produções vinculadas a projetos que são apresentados e que terão continuidade.
Combate à desinformação
Raissa Cirino, atual presidenta da ANPUH-MA, afirma que esse reconhecimento “vem em um momento muito importante”. Ela ressalta que “a sociedade brasileira ainda está submetida a uma explosão de fake news, com a divulgação de muitas mentiras, inclusive no campo da História”.
Segundo Raissa, que é professora do programa de Pós-Graduação da UEMA e do Colégio Universitário da UFMA, o selo é muito importante, pois representa um reconhecimento para o História Viva, para a ANPUH-MA e para a Agência Tambor.
A presidenta da ANPUH-MA lembra que “o selo legitima os profissionais que têm compromisso com a inclusão, com a ética e com a verdade” e enfatiza que “essa parceria entre a ANPUH-MA e a Agência Tambor deve continuar, independentemente de quem esteja no comando da nossa associação”.
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O jornalista Emílio Azevedo, que integra a coordenação da Agência Tambor, lembrou a relação do jornalismo com a historiografia. “São atividades que devem ter compromisso com a verdade, com a busca de boas fontes.”
Sobre o História Viva, Emilio diz que “é um marco no Maranhão, com a comunicação cumprindo, em um formato muito interessante, seu papel educativo”.