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Um Maranhão inaceitável! Casa de quilombolas queimada por conflito fundiário

Foto: Divulgação

Cadê o poder púbico? Como a democracia (não) chega no Maranhão!

Moradores do Quilombo Guarimã, no município de São Benedito do Rio Preto, denunciaram que uma casa foi incendiada no dia 12 de setembro.

De acordo com a comunidade, “a ação criminosa foi intencional”. Os quilombolas afirmaram que esta já é a quarta casa queimada no território.

Os quilombos do município vivem uma realidade marcada por ataques violentos de invasores (grandes grileiros de terra), incluindo sojicultores e pecuaristas. O avanço do agronegócio destrói e impacta a vida de muitas famílias nesta região.

No mesmo município, em março deste ano, a comunidade de Baixão dos Rochas foi atacada por homens armados. Este outro caso obteve repercussão nacional.

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Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quinta-feira (14/09) entrevistou Solidade Sousa, moradora do Quilombo Guarimã. Dona Maria, moradora que teve a casa incendiada, também participou da entrevista.

(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Solidade Sousa e Dona Maria)

Casa queimada no Quilombo Guarimã

Solidade falou que foi registrado um Boletim de Ocorrência em relação ao incêndio na casa de Dona Maria. Segundo ela, são 25 Quilombos ameaçados na região.

Ela acrescentou que desde 2014 Guarimã vem “sendo ameaçada constantemente”.

Emocionada, Solidade disse que “foi uma tristeza ver a casa destruída”, porque “as pessoas trabalham de forma honesta a vida inteira para conseguir seus bens materiais”.

Dona Maria pontuou que sua safra de arroz e feijão foram queimadas juntos a casa e que ficou sem meios de sustento. Hoje ela mora na casa de seu filho.

Dona Maria perdeu sua safra de arroz e feijão | Foto: Divulgação

A quilombola desabrigada alega que já foi ameaçada por fazendeiros do agronegócio.

Ela pede que “as autoridades ajudem as famílias desses territórios, especialmente daquelas que tiveram suas casas queimadas, como a dela”.

Solidade também enfatizou que os conflitos poderiam diminuir com “a titulação dos Quilombos da região”.

A entrevistada destacou que há um processo tramitando há seis anos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para a regularização fundiária das terras.

A moradora também clamou por ajuda do Estado para acabar com essa violência dentro das comunidades.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Solidade Sousa e Dona Sousa)

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