São casas demolidas, soterradas ou alagadas. São pescadores sem ter do que viver, sem poder sustentar suas famílias por conta da destruição da fauna e da flora, com grande poluição de praia, rio e mangue.
Este é o drama vivido no município da Raposa, a partir da comunidade de Cumbique. Todo este drama ocorre por conta da construção de um condomínio da empresa Canopus.
Já foram feitas várias denúncias. No entanto, a obra não foi embargada. E o poder público não apresenta uma solução para a gravíssima situação. A empresa tem feito o que quer.
Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor de quarta-feira (03/04) entrevistou Wilton Neves e Dona Maroca. Eles são moradores da comunidade de Cumbique, no município da Raposa, na Ilha de São Luís.
(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Wilton Neves e Dona Maroca)
De acordo com Wilton, mesmo com as denúncias, a prefeitura do município de Raposa parece não dar a devida importância para os graves problemas que as construções estão causando na vida da população.
O morador falou que a comunidade também recorreu à Defensoria Pública. Ele disse que a sua mãe teve sua casa derrubada devido a construção da Canopus. E que estão sendo constantemente perseguidos por pessoas da empresa.
Para Dona Maroca, que mora há mais de 40 anos no local, essa situação é triste e precisa ser resolvida o quanto antes para que essas famílias voltem a viver tranquilamente em seu território.
“A prefeitura não quer resolver nossa situação. A Canopus está destruindo tudo, acabando com os peixes, poluindo os mangues. Nesses anos todos nunca tinha visto uma situação assim. Queremos uma solução das autoridades”, reforçou a moradora.
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E não é somente Cumbique que tem sofrido com os dejetos da construção. Dona Maroca relatou que outras comunidades como Vila Nova e Iguaíba também estão sendo afetadas.
O outro lado
A Agência Tambor enviou novamente mensagem para a empresa Canopus. Já havíamos feito isso há alguns dias atrás. Buscamos por e-mail e redes sociais. Nenhuma resposta até agora. Buscamos também contato com a prefeitura da Raposa. Estamos aguando os retornos.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Wilton Neves e Dona Maroca)