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História Indígena tem sido silenciada no período republicano

Foto: Divulgação

A “História Indígena no período republicano” foi o tema do Programa História Viva, exibido no último sábado (27/04). O programa é uma parceria entre a Associação Nacional de História – seção Maranhão – (ANPUH-MA) e a Agência Tambor.

Esta última edição do História Viva foi coordenada pela professora da Universidade Federal do Maranhão Soraia Dornelles, contando com a participação da professora Michelle Reis de Macedo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da doutoranda em História pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, Liana Rayssa Mota Amorim.

A historiadora e pesquisadora Michelle Reis de Macedo fez um relato sobre os estudos que desenvolve sobre a população indígena no Brasil. Ela diz que sobre o período republicano “foram muitas as dificuldades pela falta de estudos”.

Ela diz que “a maioria dos trabalhos disponíveis eram de antropólogos. Muito pouco de historiadores. Essa é uma temática muito importante para desconstruir todo o processo de preconceitos contra os povos indígenas”.

A maranhense Liana Rayssa Mota Amorim também falou sobre a dificuldade de estudar o tema. Formada em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), mestra pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) ela estuda no seu doutorado exatamente a História Indígena no período republicano.

Liana diz que “o período republicano é complexo. No Maranhão, não há de forma específica trabalhos sobre esse período. Cheguei e me sentir perdida e desorientada. O pioneirismo não é uma situação confortável”.

As professoras/pesquisadoras também fizeram relatos sobre a implementação da Lei 11.645 de 2008, que torna obrigatório o estudo da História e Cultura em estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio. Citaram a ausência da História dos povos indígenas no período republicano e sobre o silenciamento historiográfico sobre a temática indígena.

Ainda foram abordados temas como o currículo, o silenciamento das temáticas indígenas no contexto curricular e educacional, além da necessidade de se reconfigurar a realidade, enfrentando as crises humanitárias a partir dos saberes indígenas.

Este História Viva também enfatizou que a História dos Povos Indígenas não se limita a livros didáticos, apenas em contextos coloniais e ditatoriais. No âmbito da república há um silenciamento da história dos povos originários.

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