Após cinco anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Policia Federal, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Delegacia de Homicidios da capital carioca, tentam solucionar o crime bárbaro.
De 2018 até hoje foram cinco trocas de delegados e promotores e poucos avanços nas investigações. Meia década depois, ainda não há respostas e esclarecimentos de quem mandou matar Marielle.
Para falar sobre o assunto o Jornal Tambor, desta terça-feira (14/03), ouviu Creusamar de Pinho e Ana Paula Martins.
Creusamar é assistente social, da coordenação Estadual e Nacional da União por Moradia Popular, uma das fundadoras do grupo de Mulheres Negras Maria Firmina e da Rede de Mulheres Negras do Maranhão.
Ana Paula é professora da rede municipal de São Luís, mestre em Educação, secretária de Mulheres do Psol e diretora do Sindeducação.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Creusamar de Pinho e Ana Paula Martins)
Uma das principais linhas de investigação é que a motivação da execução seja política. Segundo Ana Paula, esse crime é reflexo de um cenário político violento, principalmente contra as mulheres.
“Em quatro anos o Brasil retrocedeu muito. Esse primeiro 14 de março depois da nossa vitória contra o bolsonarismo é importante, para ocuparmos as ruas novamente para pedir justiça por Marielle”, afirmou a professora.
Para a integrante do grupo de Mulheres Negras Maria Firmina, a data é para lembrar também da luta por mais representatividade feminina negra dentro da política. Ela ressaltou, ainda, sobre a necessidade de continuar cobrando a resolução do caso.
“Nós precisamos continuar avançando. Refletindo e fazendo jus de fato a agenda de luta defendida por Marielle e de tantas outras companheiras que partiram antes de nós e das que virão também”, declarou Creusamar de Pinho.
Nesta terça-feira (14/03), mulheres dos movimentos feministas de São Luís estão organizando um grande cortejo e uma roda de conversa para marcar a data e exigir justiça por Marielle e Anderson. A concentração será às 17h, na Praça Deodoro, Centro de São Luís.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Creusamar de Pinho e Ana Paula Martins)