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Do Maranhão a Brasília: Povos indígenas em retomada querem suas terras, saúde e outros direitos fundamentais

Foto: CIMI/MA

Os povos indígenas Tremembé do Engenho, TI Kaura, do povo Tremembé de Raposo, TI Taquaritiua, dos Akroá Gamella, TI Kariu Kariri, do povo Kariu Kariri, e TI Porquinhos, do povo Apãnjekra Canela, estão em processo de retomada no Maranhão.

No último dia 20 de setembro, lideranças desses povos reuniram-se em Brasília com representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para cobrar providências quanto à implementação de políticas públicas em seus territórios.

Entre as pautas prioritárias reivindicadas, está o direito ao acesso a saúde e educação de qualidade, além da demarcação territorial.

Para os povos originários, a demarcação de suas terras é emergencial para a efetivação da totalidade de seus direitos.

Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quarta-feira (25/09) entrevistou Iolanda Kariú e Fábio Costa.

Iolanda atua na linha de frente na luta pela demarcação do território Kariú Kariri; é professora da cultura e técnica em farmácia.

Fábio é indigenista do Conselho Indigenista Missionário Regional Maranhão (CIMI/MA).

(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Iolanda Kariú e Fábio Costa)

As lideranças relataram dificuldades em acessar políticas de saúde e de educação em razão da ausência do nome de seus povos nos cadastros oficiais do governo. Dos 14 povos no Maranhão, apenas nove são reconhecidos em registros oficiais.

Para Iolanda, essa invisibilização dos povos prejudica o avanço e a garantia de direitos dos indígenas.

“Isso é muito grave, precisamos existir. Precisamos acessar essas políticas; para isso, os nomes de todos os povos precisam aparecer. Queremos respeito”, disse a indígena da etnia Kariú.

Em relação aos encaminhamentos durante a reunião, Iolanda falou que ficou decidido “fazer a inclusão dos nomes dos povos que ainda não estão no registro oficial do governo, a criação e funcionamento do Grupo Técnico (GT) para identificação e delimitação de suas terras, e reformas de escolas”.

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Segundo Fábio, o CIMI tem acompanhado de perto a realidade dos povos no Maranhão e todo o processo histórico e violento que essa população sofre no Estado.

O indigenista pontuou que é preciso que haja rapidez do governo federal para solucionar os problemas.

“Não é a primeira vez que esses povos fazem essa incidência. Foram em 2022 e 2023, mas não mudou nada na prática. Agora, em 2024, eles levaram praticamente as mesmas pautas. É preciso ação concreta”, completou Fábio.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Iolanda Kariú e Fábio Costa.)

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