Fazem nove anos do massacre no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em outubro de 2013, no município de São Luís (MA), que chocou o Brasil e o mundo com imagens sangrentas. A rebelião dentro do presídio acabou na morte de 10 presos e outros feridos.
A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Maranhão (CEDDH), realizam hoje, quarta-feira (23), o Encontro de avaliação das medidas tomadas em relação aos trágicos fatos ocorridos em 2013. O encontro é para avaliado as diferentes ações adotadas pelo poder público, em consequência dessa tragédia.
Para falar sobre essa atividade o Jornal Tambor dessa quarta-feira (23/11), entrevistou Joisiane Gamba. Ela é militante e advogada da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com Joisiane Gamba)
Joisiane explicou que a população carcerária no Maranhão cresceu em 79%, nos últimos sete anos, contribuindo para o aumento da superlotação dos presídios. Segundo ela, outro problema que persiste é a ineficácia em aplicar medidas alternativas à prisão , aquelas aplicadas antes da prisão preventiva.
Outro impasse é a ausência de políticas públicas para essa população, em especial a da saúde. “Nas inspeções continuamos ainda encontrando pessoas com transtornos mentais dentro do sistema prisional”, afirmou a advogada.
A advogada manifestou preocupação sobre a falta de transparência nas informações para o controle efetivo da população carcerária no Brasil. De acordo com Joisiane, há retrocesso na transparência e disparidade nos dados do sistema da justiça nacional. “Desse jeito fica impossível o aperfeiçoamento e o controle social de políticas públicas para essa população”.
A atividade ocorrida hoje é preparatória para a Assembleia Popular Contra o Encarceramento no Estado do Maranhão, que será realizada no dia 07 de dezembro, promovida pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Joisiane Gamba) 👇🏾👇🏿👇🏽