A assistente social e advogada Maria Denise Barbosa Leal será homenageada com a Medalha 18 de janeiro Centro de Direitos Humanos Padre Josimo.
É um reconhecimento de sua contribuição para efetivação da Declaração Universal dos Direitos Humanos ao longo de toda sua vida.
Denise Leal faz parte da Coordenação Geral do Centro, que tem desenvolvido um papel importante na defesa dos direitos humanos há cerca de dez anos.
Vida de Maria Denise Barbosa Leal
Maria Denise Barbosa Leal é natural de Pernambuco, se formou em Serviço Social e atuou no Presidio Paulo Serasat de Fortaleza (hoje extinto).
Foi lá que atuou como assistente social e desenvolveu um trabalho significativo na defesa e preservação dos direitos sociais e garantia dos direitos humanos na execução das penas, por parte do Estado.
Nesse período o Brasil vivia sob o regime da ditadura militar. Muitos jovens e trabalhadores, que atuavam em suas comunidades em defesa da democracia, foram presos políticos.
No seu local de trabalho, Denise conheceu o líder camponês Manoel Conceição, com quem viveu uma relação afetiva. Viveu com ele no mesmo exílio de 1975 a 1979 – ano que foi estabelecida a anistia, e teve sua única filha Mariana Leal.
Ao retornar do exílio Denise Leal, se empenhou em construir junto com seu companheiro o Centro de Educação e Cultura dos Trabalhadores Rurais (CENTRU). Fundado primeiro em Pernambuco e anos depois no Maranhão.
Em terras maranhenses, se graduou em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, para melhor contribuir na efetivação da luta do CENTRU.
Denise teve um papel importante na estruturação do trabalho de base do CENTRU e destacou o papel das mulheres das comunidades e dos sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Dessa forma, as mulheres tiveram o reconhecimento enquanto sujeito político importante na construção da luta pela reforma agrária.
Atuou na consolidação do CENTRU, contribuindo para a organização das cooperativas de trabalhadores e trabalhadoras rurais e formação política de sindicalistas.
Enquanto advogada se dedicou a muitas causas jurídicas de camponeses pobres, de quem não cobrava honorários.
Participou do Conselho de Direitos da Mulher de Imperatriz (MA), assim como atuou em vários momentos de intervenção dos movimentos socias na luta por políticas públicas nos últimos anos.
Atualmente com 83 anos, Denise ainda é atuante por um mundo justo, solidário e digno. Se colocando à disposição para contribuir com o desenvolvimento das ações do Centro de Direitos Humanos Padre Josimo e se posicionando na defesa da democracia, da verdade na sua ativa militância digital.
Com informações Centro de Direitos Humanos Padre Josimo