O trabalhador rural Manoel Batista Nunes, de 87 anos, é mais uma vítima de conflito fundiário no Maranhão. O drama ocorreu no município de Balsas, no sul do Maranhão.
Manoel sofria de mal de Parkinson e morreu deprimido, na última sexta-feira (04/02). Ele foi covardemente expulso de sua terra, em agosto de 2020, arrastado, por conta de uma decisão liminar do juiz Tonny Carvalho de Araújo Luz, contra a comunidade de Manoel.
Ontem (09/02), a filha de Manoel, Lucilene Nunes, deu uma entrevista ao Jornal Tambor e relatou todo o festival de violências, absurdos, covardias e ilegalidades, praticados contra a comunidade de Bom Acerto, em Balsas, no Maranhão, onde seu pai vivia.
(Veja, ao final desse texto, a edição completa do Jornal Tambor, incluindo a entrevista com Lucilene)
A decisão do juiz Tonny Carvalho de Araújo Luz foi contra os direitos de uma comunidade que começou a ser formada na década de 1960.
Por conta dessa decisão judicial, oito famílias, num total de quase 40 pessoas, foram jogadas em uma situação dramática.
A decisão de Tonny foi posteriormente anulada. Mas um grande estrago já estava feito e seu Manoel, violentado em 2020, seguia em depressão, ainda sem ter sua casa de volta.
Nos últimos dias, logo após a morte de Manoel (ocorrida na última sexta-feira, 4), houve outra decisão absurda. Essa nova decisão foi dada pelo desembargador Douglas Airton Ferreira Amorim. Uma decisão contra a comunidade, que existe desde a década de 1960.
A repercussão de toda essa história absurda covardia e violência foi grande, inclusive fora do Maranhão.
Ontem, o governo do Estado do Maranhão mandou segurança para proteger os trabalhadores rurais.
Esses trabalhadores estão em sua terra, mas ainda em moradias improvisadas. (A reconstrução das casas é urgente e esperamos que seja agilizada pelo poder público).
Ainda ontem, Douglas Airton Ferreira Amorim, o desembargador que deu a recente decisão contra a comunidade, se afastou do caso, se declarando suspeito.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, incluindo a entrevista de Lucilene Nunes, onde ela fala do assassinato do seu pai e da comunidade maranhense de Bom Acerto, que precisa de toda solidariedade) 👇🏾👇👇🏿