Um conflito fundiário em Barra do Corda revela o cenário de violência que atinge o Maranhão, onde a grilagem de terras continua sendo regra.
A comunidade de São Francisco e o povo indígena Kanela estão ameaçados por seis fazendeiros, que disputam o mesmo território.
Várias mortes já ocorreram por conta das disputas por essas terras, desde camponeses, até policiais que atuam em milícias rurais a serviço do latifundiários.
Os camponeses mortos foram Adonias Fernandes e Francisco Pilica.
As informações foram repassadas pelo advogado Roniery Rodrigues, que atua em defesa da comunidade e do povo indígena.
O Jornal Tambor, desta quinta-feira (15/08), tratou do assunto. Entrevistamos o advogado Roniery Rodrigues.
(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor com a entrevista de Roniery)
Na comunidade de São Francisco vivem 80 famílias impactadas pelo conflito.
Roniery diz que “são seis supostos proprietários da mesma área. Os documentos deles se sobrepõem”.
Na entrevista, o advogado lembrou dos casos de violências que atinge as comunidades.
Por conta desta grave situação, uma ação de solidariedade à comunidade de São Francisco foi feita nos dias 09 e 10 de agosto na região.
A atividade foi organizada pelo COMSOLUTE, UCL, MCP, Unidade Classista, CEFP e Brigadas Populares do Pará.
O advogado também ressaltou a importância de uma nota de apoio de diversas entidades, organizações, partidos, inclusive de um parlamentar da Assembleia Legislativa do Maranhão, aos camponeses.
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Roniery falou que ações solidárias realizadas pelas organizações são fundamentais para fortalecer o combate à violência contra os camponeses e indígenas de Barra do Corda.
De acordo com o advogado, existem processos criminais na justiça contra os moradores daquela localidade.
Para ele, essas acusações são reflexo de toda uma campanha de violência contra comunidade de São Francisco.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Roniery Rodrigues)