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Alcântara! Brasil vira réu na Corte Interamericana de Direitos Humanos por violações a quilombolas 

Foto: Emily Maya Almeida/Justiça Global para Agência Tambor

A Corte Interamericana de Direitos Humanos (IDH) iniciou um processo de julgamento do Estado Brasileiro, na quarta-feira (26/04) e quinta-feira (27/04). A questão passa por violações de direitos humanos contra comunidades quilombolas, durante a construção do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

É a primeira vez que o Estado Brasileiro é julgado por um caso envolvendo quilombolas. A audiência pública foi realizada na sede do Tribunal Constitucional do Chile, em Santiago. 

O julgamento ocorre após denúncia apresentada pelo Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe), organização Justiça Global, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alcântara (STTR) e Defensoria Pública da União (DPU), à Comissão por movimentos sociais, sindicatos e representantes de comunidades tradicionais, no ano de 2001.

Para falar sobre esse tema, o Jornal Tambor da quarta-feira (26/04), ouviu o defensor público federal, Yuri Costa. Ele já atuou em favor das comunidades de Alcântara.

(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Yuri Costa)

Antropólogo Davi Pereira Júnior, o perito convidado pelas organizações | Foto: Emily Maya Almeida/Justiça Global para Agência Tambor

O defensor disse que o Brasil se omitiu diante dos crimes contra os quilombolas de Alcântara. E destacou que o CLA é “um projeto estruturalmente racista”, porque desconsidera a própria existência das comunidades que vivem no local.

“O território étnico de Alcântara luta há mais de 40 anos pelo reconhecimento dessas violações. É importante destacar que está em julgamento um histórico de atuação e omissão de várias autoridades”, disse ele. 

Ele explicou que estão sendo julgados os governos federal, estadual e municipal, e também o legislativo estadual e o poder judiciário. 

“A Corte estabeleceu que o poder público não conseguiu apresentar uma resposta a esse tipo de provocação, mesmo diante de várias denúncias”, ressaltou Yuri Costa. 

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Yuri Costa)

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