O documentário “Servidão” de Renato Barbieri foi lançado em 25 de janeiro deste ano. O filme trata sobre o trabalho escravo contemporâneo, focando na Amazônia brasileira.
Um outro aspecto abordado na obra, é a forma de como a cultura africana foi sendo apagada ao longo do tempo e de como o processo de escravidão se perpetuou no Brasil mesmo após anos da abolição.
Servidão deu subsídios para o roteiro do filme “Pureza”. Com cenas que reproduzem o cenário de escravidão contemporânea, como do trabalhador maranhense, Marinaldo Soares Santos. Ele é o personagem principal do documentário, sendo libertado três vezes pelo grupo.
Para falar sobre esse assunto, o jornal Tambor de quinta-feira (29/02) entrevistou Barbieri. Ele também dirigiu o filme “Pureza”, lançado em 2022.
(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Renato Barbieri)
Barbieri disse que “enquanto Pureza foi um grito de amor, Servidão é um grito de horror”, porque escancara a maneira cruel de como o preconceito, a discriminação e a violência foram sendo enraizadas no país.
“O filme traz uma continuidade de como essa mentalidade escravocrata se forjou no período colonial até o dia 13 de maio. E como que no dia 14 de maio começou a escravidão na sua forma contemporânea, ates os dias atuais”, explicou o cineasta.
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Renato ressaltou que o racismo é um problema que persiste em diversos setores sociais, principalmente na educação. Para ele, o cinema, a história e a educação são ferramentas poderosas para alcançar uma transformação social.
Segundo o cineasta, por enquanto “Servidão” não está em cartaz na cidade de São Luís, apenas em Manaus, Brasília, Palmas, Salvador, Curitiba e São Paulo.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Renato Barbieri)