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São Luís! Ausência de bancas de revistas geram graves prejuízos

Banca de revista sendo destruída e removida no retorno do Caolho, em São Luís.

Nos últimos anos, São Luís registrou uma perda considerável na quantidade de bancas de revistas espalhadas pela cidade. Segundo a Associação dos Jornaleiros, de uma média de 150 bancas, hoje restam apenas 30.

A redução é consequência da violência institucional, quando esses espaços de cultura foram perseguidos e retirados pelo poder público municipal a partir da gestão de Edivaldo Holanda Júnior.

Para tratar sobre essa questão, o Jornal Tambor de quinta-feira (10/11) entrevistou Josanira Rosa Santos da Luz, presidenta da Associação dos Jornaleiros (as), José Ribamar Cantanhede, dirigente da mesma Associação, e Joel Dutra, associado e dono de banca na Praça da Saudade.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com Josanira Rosa Santos da Luz, José Ribamar Cantanhede e Joel Dutra)

A Associação dos Jornaleiros (as) está se articulando para manter e revitalizar esses espaços, começando pela Praça Deodoro. A questão está sendo acompanhada pela Defensoria Pública e depende da prefeitura.

Em maio deste ano foi aprovado o Projeto de Lei que torna as bancas de jornais e revistas Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município de São Luís. O PL foi idealizado pelo Coletivo Nós (PT) na Câmara de Vereadores. Para Josanira, o Projeto foi uma conquista para a categoria. “Estamos só esperando a prefeitura divulgar no Diário Oficial.”

Desde a gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda, os Jornaleiros estão reivindicando a revitalização das bancas de revista. Entre as reivindicações está a volta de no mínimo 60 bancas na cidade e a Campanha de Valorização das Bancas lançada pela Associação, com o objetivo de sensibilizar o atual Prefeito Eduardo Braide (Podemos) da importância das bancas para a cultura local.

Recentemente houve a retirada drástica da banca do Retorno do Caolho. Ela foi totalmente destruída e o proprietário está sem ter como trabalhar. “A gente luta para manter esses espaços como forma de trabalho e não de destruição”, disse a presidenta da Associação dos Jornaleiros (as).

Seu José, que é jornaleiro há 40 anos na cidade, disse que as bancas têm um papel fundamental para a cultura da cidade e o processo de retirada delas só trouxe prejuízos, em especial aos jornaleiros que dependem delas para se sustentar. “É uma pena porque ainda tem muita gente que gosta de ler. O poder público deveria ver o lado humano das pessoas, o nosso e da população”, explicou o jornaleiro.

Joel enfatizou que as bancas se tornaram espaços raros em São Luís. “As pessoas quando encontram uma banca de revista funcionando ficam felizes. Eu torço que os meus colegas jornaleiros voltem a trabalhar nas bancas”.

(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Josanira Rosa Santos da Luz, José Ribamar Cantanhede e Joel Dutra)

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