O falecimento de Negra Glicia deixa a cultura maranhense de luto.
Trabalhando como DJ, ela foi pioneira na presença feminina no reggae, no Maranhão.
Glicia Helena Silva Landir, a “Nega Glicia”, rompeu barreiras e preconceitos, abrindo caminhos para diversas mulheres, em um ambiente que era predominante masculino.
Com um visual rastafári, voz enrouquecida e grave, Nega Glicia foi uma das primeiras mulheres a comandar radiolas de reggae no Maranhão.
Um dos points em que Nega Glicia agitou a galera e rolou muitas “pedras” foi no Bar Trapiche, sempre nas tardes de domingo, tendo como cenário o belo por do sol de São Luís.
Glicia começou a frequentar os salões de reggae aos 16 anos, no Espaço Aberto, no bairro do São Francisco, em São Luís.
Trocava ideias e aprendia com os DJs, donos de radiolas, dentre outros profissionais que compõem o universo regueiro maranhense.
No Bar do Nelson, Nega Glicia contou com o apoio do já consagrado DJ Andrezinho Vibration, que lhe propiciou a oportunidade de estrear como locutora.
Em 2009, Andrezinho Vibration decidiu deixar o reggae e, a partir dali, Nega Glicia trilhou o seu caminho sozinha.
Glicia passou a tocar no bar Deusimar, na Litorânea, no projeto Terça Jah; na Casa Sem Teto e no Catarina Mina, ambos na Praia Grande; no Creole, na Ponta d’Areia, dentre outros lugares.
Assim, Nega Glicia foi conquistando e consolidando o seu espaço no Maranhão e outros estados. Tocou em Salvador, Belém, Macapá, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.
Agora, Nage Glicia partiu, mas o seu legado e as eternas pedras que rolou vai continuar “batendo” nos corações e mentes da nação reggueira, que sempre lhe acompanhava.
Um mulher empoderada que deixa seu legado na história do reggae do Maranhão!