As Turmas de Samba, no Maranhão, vão ser mapeadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/MA), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Considerada uma das manifestações mais antigas do carnaval maranhense, esses grupos se caracterizam por uma cadência mais lenta da batucada. Segundo levantamento preliminar do IPHAN/MA, esse ritmo é encontrado além de São Luís e em pelo menos cerca de 30 municípios maranhenses.
O trabalho, previsto para começar nos próximos meses, será desenvolvido pelo grupo de pesquisa sobre cultura popular e religião (GP Mina), da UFMA.
O mapeamento tem como formato o modelo que o IPHAN adotou para a identificação de bens como o tambor de crioula e o bumba meu boi, que resultou no registro de ambos como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro.
O foco principal do trabalho é subsidiar o IPHAN na promoção de ações que garantam a preservação dessa forma de batucada, incluindo seus detentores na política patrimonial do órgão.
O antropólogo Rafael Bezerra Gaspar, da Coordenação Técnica de Patrimônio Imaterial do IPHAN (MA), ressaltou que o Inventário Nacional das Referências Culturais das Turmas de Samba do Maranhão vai procurar identificar esses grupos, não só na Ilha de São Luís, mas também em todo o Maranhão.
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“O que se pretende é entender se eles possuem variações de formação, de organização, de personagens, ritmo, musicalidade. E ainda como estão as condições materiais dos grupos”, apontou.
Na Secretaria de Cultura de São Luís (Secult) estão cadastradas apenas quatro Turmas de Samba da região metropolitana de São Luís: Ritmistas da Madre Deus, Vinagreira do Samba, Ritmistas de Ribamar e Os Fuzileiros da Fuzarca.
Por Fernanda Oliveira
Com informações do Agenda Maranhão
Que maravilha! As turmas de samba merecem. Se depender dos governos estadual e municipal, logo estarão precisando de proteção cultural, como os bois costa de mão e zabumba e os cocos.