O Comitê de Cultura do Maranhão atuará em 23 municípios, promovendo formação e ações voltadas à elaboração de políticas públicas culturais efetivas nos territórios.
Lançado em 18 de outubro, no quilombo urbano da Liberdade, em São Luís, o Comitê é formado pela organização da sociedade civil celebrante, Instituto Maranhão Sustentável (IMA), e pelas OSCs executantes: Tenda Espírita de Umbanda e Cultos Afros Brasileiros Yle Axé de Oxosse, Oxum (Codó), e a Associação Junina Turma de São João Batista – Boi da Floresta do Mestre Apolônio (São Luís).
As áreas de atuação definidas em Plano de Trabalho pelo Comitê, aprovado por Chamada Pública, incluem as cidades de São Luís, Alcântara, Bacabeira, Cachoeira Grande, Icatu, Morros, Paço do Lumiar, Presidente Juscelino, Raposa, Rosário, Santa Rita e São José de Ribamar, além de Codó, Coroatá, Peritoró, Timbiras, Godofredo Viana, Carutapera, Cândido Mendes, Junco do Maranhão e Centro do Guilherme.
O Jornal Tambor, na edição de quinta-feira, dia 25 de outubro, entrevistou Ìyá Jô Brandão e Nadir Cruz.
Ìyá Jô é coordenadora geral do Comitê de Cultura do Maranhão, e Nadir é coordenadora executiva da OSC executante do Comitê de Cultura Boi da Floresta.
(Veja, ao final deste texto, a íntegra da entrevista de Ìyá Jô Brandão e Nadir Cruz.)
Segundo Ìyá Jô, essas áreas foram selecionadas porque o acesso a políticas culturais e ações é limitado.
“Nós estamos enfrentando o desafio de incluir essas áreas, pois, do ponto de vista cultural, são grupos mais fragilizados, com grandes conflitos territoriais. Temos áreas com incidência de povos indígenas, comunidades quilombolas e povos de terreiros”, ressaltou a coordenadora geral do Comitê de Cultura do Maranhão.
Ela explicou que um dos primeiros critérios foi fazer um recorte territorial identitário para apoiar as comunidades na capacitação e elaboração de projetos voltados para seus territórios.
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Para Nadir, esta é uma oportunidade para que grupos do segmento cultural do estado contribuam no planejamento de atividades voltadas à valorização e garantia de seus próprios direitos.
Ela declarou que “quando foi sugerido que o Boi da Floresta pudesse participar da composição do Comitê, isso nos deu um orgulho imenso, porque estamos no segmento e conhecemos muitas pessoas do Bumba-Meu-Boi. Isso facilita a identificação de nossas necessidades e o trabalho em cima delas.”
A coordenadora executiva da OSC do Comitê de Cultura Boi da Floresta ressaltou a importância de que todas as comunidades tradicionais do Maranhão conheçam seus direitos, para que seja possível efetivar políticas públicas culturais democráticas no estado e no país.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Ìyá Jô Brandão e Nadir Cruz.)