A comunidade Aurizona, em Godofredo Viana (MA), afirma que segue sofrendo com ataques socioambientais causados pela Mineradora Aurizona, que pertence à empresa canadense Equinox Gold. O empreendimento explora ouro na região.
Em 2021, houve um desastre com o rompimento de uma das barragens de rejeitos da Mineradora. Até hoje a comunidade, de quatro mil moradores, diz sofrer as consequências como a poluição da água, que estaria contaminada com metais pesados, acima do permitido.
Recentemente, no dia 2 de dezembro, aconteceu um deslizamento com outros rejeitos, bloqueando a única via que liga o município à Aurizona.
Somente no dia 10 de dezembro a estrada foi liberada. Com o deslizamento, parte do manguezal no território foi devastado.
Para falar sobre o assunto, o Jornal Tambor de quinta-feira (07/11) entrevistou Charles Freitas, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragem no Maranhão (MAB) .
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Charles Freitas)
Segundo Charles, há um tempo que o MAB e a comunidade têm feito denúncias formais nos poderes públicos municipais, estaduais, federais e internacionais contra a empresa Equinox Gold. Porém, ele diz que ainda não foi feito nada para solucionar estes problemas.
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O integrante do MAB falou que os moradores reclamam que as casas estão apresentando rachaduras por conta do uso de explosivos pela Mineradora.
A luta do movimento e da comunidade também pede pelo fim da mineração no local e que as famílias sejam indenizadas pelos danos.
Charles destacou que a Agência Tambor foi o único veículo de comunicação do Maranhão que tem denunciado o caso veementemente.
Além disso, segundo ele, “a imprensa hegemônica foi comprada para servir aos donos dessas empresas multinacionais”.
O militante do MAB diz que “a empresa chama essa imprensa para o escritório, lá eles conversam e não vai ao ar a reportagem mostrando os malefícios que a empresa vem fazendo na comunidade”.
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com a Equinox Gold (pelos e-mails [email protected] e [email protected]) solicitando um posicionamento sobre a situação e as demandas da comunidade de Aurizona, incluindo as graves denúncias feitas no Jornal Tambor.
Assim que tivermos um contato da empresa canadense atualizaremos esta matéria.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Charles Freitas)