Para reforçar as ações do “Novembro Negro”, o Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB/MA) está promovendo até o dia 30 de novembro deste ano de 2023 a exposição “Literatura Negra”.
Realizada na Biblioteca Popular “Maria Firmina dos Reis”, na sede do Sindicato, na Rua do Sol, no Centro de São Luís, a exposição reúne livros produzidos por autoras e autores negros ou descendentes de negros, além de biografias desses autores.
Nas visitações, das 9h às 18h, o visitante pode fazer uma imersão sobre os desafios e as conquistas do povo negro e conhecer ou rememorar lutas e resistências da população negra contra o racismo, o preconceito, a discriminação racial e as desigualdades sociais.
Entre tantos livros que estão expostos, um destaque para publicações da escritora Maria Firmina dos Reis, entre as quais, “Ursula”, “Cantos à beira-mar” e “Gupeva”. Nascida em São Luís (MA), Maria Firmina publicou, em 1859, “Ursula”, um livro revolucionário para a sua época e que figura como o primeiro romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa.
“Ursula”, que retrata o tráfico negreiro em que pessoas são transformadas em “mercadoria humana” é considerado ainda o primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina.
Outra autora com destaque na exposição é Maria da Conceição Evaristo de Brito. Nascida em Belo Horizonte e graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), ela trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense.
Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, Coneição Evaristo é militante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra no Brasil, com inúmeras publicações de contos e poemas na série “Cadernos Negros”. Na exposição constam os livros “Insubmissas lágrimas de mulher” e “Becos da Memória”.
A bibliotecária Marília Durans ressalta que também vai ser realizada uma campanha nas redes sociais com indicações de livros feita por diretores do sindicato. “Vamos encerrar as atividades do ‘Novembro Negro’ com o Sarau Cultural da Biblioteca Maria Firmina no dia 1º de dezembro”, assinalou.
Para a Marília Durans, dessa forma a Biblioteca Popular “Maria Firmina dos Reis”, vai se consolidando como um espaço para priorizar o conhecimento e uma formação política libertadora.