Foto: Divulgação A Apruma – Seção Sindical do ANDES/Sindicato Nacional engrossou as fileiras da Jornada Nacional de Mobilização de Servidores Públicos com um ato na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís.
O presidente da Apruma, Bartolomeu Mendonça, enfatizou que a manifestação é um alerta para que o governo federal estabeleça um canal de negociação com os servidores públicos em todo o país. “Precisamos nos mobilizar para que o governo apresente uma proposta de recomposição salarial e reestruturação da carreira. Por valorização, já! Por recomposição, já!”, afirmou o sindicalista.
O ex-presidente do ANDES/SN e professor do departamento de Medicina da Universidade Federal do Maranhão, Antônio Gonçalves, relatou que a categoria está mobilizada para a garantia de direitos dos servidores.
“Depois do golpe de 2016, no governo Temer e no governo Bolsonaro, os servidores públicos foram massacrados. Não houve reajuste salarial e as condições de trabalho e de estudos pioraram bastante”. Ele ressaltou que os professores estão “num esforço para a recomposição de nossos salários, por melhores condições de vida e de trabalho e em defesa da educação pública e de qualidade”, disse Antônio Gonçalves.
O sindicalista refletiu ainda que há muitas demandas represadas, mas agora com “um governo um pouco mais sensível às nossas reivindicações temos esperança do atendimento de nossos pleitos, mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas”.
Para Antônio Gonçalves sem a perspectivas de ampliação da arrecadação de forma imediata, pois a reforma tributária só vai valer a partir de 2026, o governo tem como “arranjar recursos para a melhoria da educação deixando de pagar tantos juros da dívida e diminuindo a desoneração de setores da economia que não precisa da medida”
Na pauta nacional do movimento, está a recomposição salarial, cujas perdas salariais já chegam a quase 40%, reestruturação das carreiras, equiparação de benefícios entre os servidores dos Três Poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo, revogação das medidas que atacam os servidores e o serviço público e pelo arquivamento da PEC 32, a Reforma Administrativa.
A Apruma também reivindica, como pauta local, gestão superior democrática e transparente na Ufma, melhorias nas instalações físicas dos prédios da Universidade, reconhecimento dos efeitos financeiros e acadêmicos das progressões e promoções, considerando a data de interstício de cada docente, inclusive aos interstícios atrasados, fim de assédio moral, assistência estudantil e reforma, adaptação e melhorias das Casas.
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“A UFMA tem uma gestão extremamente autoritária. Não dialoga com a comunidade. Vive literalmente no ‘mundo da lua’, em um mundo paralelo. A realidade concreta das salas de aulas, das bibliotecas é de completa precarização. Somente obras de faixada, disse Antônio Gonçalves.
O ex-presidente do ANDES enfatizou que “a Biblioteca Central, que era para ser entregue em 2012, ao preço de R$ 13 milhões, já custou R$ 27 milhões e não está pronta. Mesmo, assim a administração superior quer a inaugurar com a presença do ministro da Educação”.