No dia 12 de setembro, na UFMA, ocorreu o lançamento do livro Ẽh’huc jacrepej xy’ny: Alfabeto Ilustrado e do Relatório de Violência cometida contra os Povos Indígenas, dados 2022.
O Alfabeto Ilustrado é uma obra coletiva. Ele é fruto do Projeto de Intercâmbio Linguístico e Cultural, promovido pelo Conselho Indigenista Missionário Regional do Maranhão (CIMI-MA), junto aos povos Akroá Gamella e Krenyê, com o apoio do povo Krikati.
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Já é o Relatório de Violência é uma publicação anual do CIMI. E além de dados referentes a 2022, reúne informações atualizadas acerca dos quatro anos do governo Bolsonaro, que intensificou as violências e violações contra a vida dos povos indígenas.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quarta-feira (13/09) entrevistou Rosimeire Diniz.
Ela missionária do CIMI-MA e coordenou o projeto de Intercâmbio Linguístico e Cultural do livro “Ẽh’huc jacrepej xy’ny: Alfabeto Ilustrado”.
(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Rosimeire Diniz)
Segundo Rosimeire o livro “é o resultado de dois anos de um processo linguístico que o CIMI-MA realizou com esses povos”.
Para ela, a obra é importante para a retomada da língua indígena nos territórios. A missionária disse que “a língua desses povos sofreu um processo colonial e violento de apagamento”.
Rosimeire enfatizou que o Alfabeto Ilustrado é “uma ferramenta que os povos têm para a retomada dessa língua materna”. E contribui no enfrentamento das inúmeras violações sofridas por essa população.
Em relação ao relatório, a missionária falou que o trabalho auxilia na visibilidade das violências sofridas pelos povos originários e suas lutas pelo bem viver, no Maranhão.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Rosimeire Diniz)