A Eletrobras, enquanto empresa pública, foi responsável pelo Luz Para Todos, o maior programa de universalização de energia elétrica já feito no mundo, uma política pública das primeiras gestões do governo Lula.
Como estatal, ela teve um histórico de empresa cidadã. E sempre contribuiu para que o preço da conta de energia, cobrado das famílias de baixa renda no Brasil, fosse mais barato.
Diante disso, a privatização da Eletrobras foi um crime de lesa-pátria. Foi mais uma traição à sociedade brasileira, promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Logo depois de tomar posse, em janeiro deste ano, para o seu terceiro mandato, o presidente Luís Inácio Lula da Silva questionou a privatização da Eletrobras. O novo governo federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade de número ADI 7385/2023 sobre o tema, que pede o poder de voto proporcional ao número de ações, ou seja 43%.
O Jornal Tambor de terça-feira (18/07) tratou do assunto. Fizemos uma entrevista com o advogado Wellington Diniz, diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIUMA).
(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Wellington Diniz)
O advogado esclareceu que hoje a luta dos trabalhadores e de diversos setores da sociedade é para que o controle da empresa retorne ao Estado. “Não desistimos”, disse ele, diante de uma situação que afeta diretamente toda a sociedade brasileira.
Welington informou que o Sindicato dos Urbanitários do Maranhão está atuando junto à Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita no STF, como Terceiro Interessado.
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O STIUMA auxilia com informações que contribuam para uma decisão em favor do interesse público e dos trabalhadores da Eletrobras.
Em relação ao Projeto de Lei 1189/2023, que trata do aproveitamento dos trabalhadores e trabalhadoras demitidos da empresa, o sindicalista ressaltou que entre 2022 e 2023, mais de quatro mil funcionários foram obrigados a aderir ao Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Wellington afirmou que os atuais gestores da Eletrobras “não representam o que de fato defende o governo Lula”. E como consequência disso “há uma ameaça de demissões dos trabalhadores e ex-dirigentes sindicais”, por exercerem sua liberdade de opinião.
O diretor jurídico do STIUMA disse que “todos aqueles que lutam contra a privatização da Eletrobras não podem ser questionados pela sua conduta. Na verdade, eles estão preservando a imagem da empresa”.
Um caso emblemático é do engenheiro Ikaro Chaves, que vem sendo perseguido, com ameaça de demissão, por se opor a privatização da Eletrobras. Ele é uma das lideranças, em nível nacional, da luta contra a privatização da empresa, lutando agora pela reestatização da Eletrobras.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Wellington Diniz)