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O grande desafio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose do Sul do Maranhão (Sindcelma) é obter igualdade salarial dos trabalhadores da Suzano, no Maranhão, com as demais unidades da empresa de outras regiões do país.
Em Assembleia Geral realizada em 29 de maio deste ano de 2023, os trabalhadores da Suzano, no Maranhão, definiram a pauta de reivindicações que será levada à mesa de negociações para renovação do acordo coletivo, com data-base em 1º de agosto. A principal reivindicação é a equiparação salarial.
Em boletim publicado no mês de maio, o Sindcelma comparou os valores pagos aos trabalhadores de Imperatriz com os que são aplicados na unidade da Suzano de São Paulo e revelou a disparidade de salários.
“Enquanto o piso salarial, no Maranhão, não chega a um salário mínimo, o valor pago na capital paulista é de R$ 2 mil reais. A diferença do abono também é grande, cerca de R$ 300 reais e o auxílio creche e o auxílio filho chega a ter uma disparidade de 100%”, destaca o Sindcelma.
O presidente do Sindicato, Anthony Dantas, garante que a empresa tem todas as condições para sanar essa tamanha disparidade. “No ano passado, a Suzano obteve R$ 23 bilhões de lucro líquido. A empresa está em plenas condições econômicas de atender nossas reivindicações”, pontuou.
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E, essa luta ganhou expressão nacional, com a presença de lideranças sindicais de outras regiões do país na assembleia realizada pelo Sindcelma.
Estiveram presentes o sindicalista Márcio Cruz, o Bob, coordenador do Setorial de Papel e Celulose da Confederação Nacional do Ramo Químico, que também representa os trabalhadores da Suzano, além de Betinho, o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras nas indústrias de Celulose e Papel de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Eles reafirmaram total apoio e solidariedade ao Sindcelma. Uma das principais bandeiras do Papel é a unidade dos papeleiros e papeleiras em nível nacional e internacional.
O outro lado
A reportagem da Agência Tambor entrou em contato com a empresa Suzano, para ouvir a posição da empresa, em relação a denúncia do Sindicato, registrada nesta nossa reportagem. Tão logo a empresa se manifeste, nós atualizaremos o texto, garantindo o direito ao contraditório.