Os municípios da Ilha de São Luís – São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar e São Luís -, amanheceram sem ônibus na terça-feira (25/04).
O problema são os empresários, os donos de empresas de ônibus. Eles oferecem um serviço de péssima qualidade, segundo avaliação dos próprios usuários. Mas querem sempre mais e mais dinheiro.
Recentemente, segundo o Sindicato dos Rodoviários, eles descumpriram os acordos da Convenção Coletiva de Trabalho.
Em nota, o Sindicato das Empresas (SET) alegou que “não pagou aos trabalhadores por falta de caixa devido ao não repasse dos subsídios” que vinha sendo feito pela Prefeitura de São Luís e pelo Governo do Estado.
No meio disso, o usuário de transporte coletivo de São Luís segue sendo penalizado. Nos últimos anos em que houve paralização do sistema de transporte público, o grande prejudicado e punido foi o usuário, inclusive, com o aumento da tarifa.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito, disse que “sem o cumprimento efetivo da Convenção Coletiva de Trabalho, não nos resta outra alternativa a não ser a paralisação de 100% dos serviços de transporte público da Ilha de São Luís”.
As empresas, ao que tudo indica, adoram a greve de trabalhadores. O transtorno causado à população serve de justificativa para aumentar as passagens e os repasses de subsídios.
A Prefeitura de São Luís entrou com uma ação com pedido liminar para que a greve seja considerada ilegal. O desembargador José Francisco de Carvalho Neto determinou o funcionamento de 70% da frota e, em caso de desobediência, a multa diária aplicada será de R$ 50 mil.