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MST realiza ato em defesa da Reforma Agrária

Ato em defesa da Reforma Agraria Popular, em São Luís

Como parte da programação da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra no Maranhão realizou, na tarde da segunda-feira (17), o Ato em Defesa da Reforma Agrária Popular.

Cerca de 300 trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra ocuparam a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária em São Luís (Incra), no bairro do Turu.

A manifestação contou com a participação de movimentos sociais, instituições em defesa dos direitos humanos, universidade, centrais sindicais, órgãos governamentais e movimentos das juventudes e LGBTQIA+.

A jornada “Reforma Agrária contra a fome e a escravidão: por terra, democracia e meio ambiente” tem a finalidade de reforçar a defesa da reforma agrária pelas organizações presentes e dos trabalhadoras e trabalhadores rurais sem-terra na construção de novas relações de trabalho e com os bens naturais.

A Jornada tem outros atos, como a ocupações de terras, marchas, vigílias, ações de solidariedade e a realização de acampamentos pedagógicos de formação, envolvendo as famílias assentadas e acampadas nas cinco regiões do país.

A Jornada acontece em memória e por justiça ao massacre ocorrido há 27 anos, quando a Polícia Militar do Pará assassinou 21 trabalhadores rurais e deixou outras 69 pessoas mutiladas.

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2022, os conflitos por terra aumentaram 16,7%, no Brasil. Sendo que os fazendeiros são os principais responsáveis pelas violências. Ao todo, mais de 180 mil famílias viveram conflitos por terra no país no ano passado.

Ainda segundo dados da CPT, esses fazendeiros praticam tais ataques utilizando agrotóxicos como arma química, além do uso da força de jagunços e milícias à serviço do agronegócio.

De acordo com o MST, cerca de 100 mil famílias vivem em acampamentos no Brasil e muitas estão há mais de 10 anos em conflito pela posse da terra. Destas, 30 mil famílias estão em áreas na condição de pré-assentamentos em processos não concluídos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Em relação à pauta das famílias assentadas, é preciso retomar as políticas públicas para a produção nos assentamentos, como crédito, compras públicas, cooperação, industrialização e comercialização para aumentar a produção de alimentos e combater a fome no país.

(Com informações MST)

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