Em vários pontos da cidade de São Luís é possível ver o descarte incorreto de resíduos sólidos, isso acaba impactando diretamente o meio ambiente e a saúde da população.
No bairro do São Francisco, um lixão já tomou conta de um manguezal, prejudicando a vida dos moradores e das espécies nativas da região.
O professor de Geografia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Márcio Celeri, falou sobre essa questão ao Jornal Tambor desta terça-feira(18/04). Márcio estuda sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Márcio Celeri)
Para Márcio, esse problema atinge a sociedade como um todo. Ele explicou que a maioria dos materiais que as pessoas jogam no lixo não possui um “tratamento adequado” e pode causar problemas sérios para os habitantes e o meio ambiente.
O professor disse que grande parte dos lixões e aterros sanitários estão em áreas pobres e vulneráveis, onde o acesso a Ecopontos é mais difícil. A população que vive no entorno desses pontos acaba sofrendo com o mau cheiro, a presença de animais peçonhentos e doenças ocasionadas pelo destino inadequado ao lixo da cidade.
Ao final da entrevista, Márcio reforçou que é essencial que gestores públicos, juntamente com a população, criem estratégias de controle para o descarte adequado do lixo.
Ele afirmou que projetos, como o Plano Diretor da cidade de São Luís, precisam propor “soluções tangíveis”, e que o atual texto do Plano Diretor da cidade “não deu a devida importância técnica para os resíduos sólidos de São Luís”.
“Nós somos responsáveis por aquilo que produzimos, temos que cobrar e também nos cobrar, para ter um ambiente mais equilibrado”, afirmou Márcio Celeri.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Márcio Celeri)