As eleições ao cargo de reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) acontecerão no mês de maio.
Em meio a isso, a atual gestão do reitor Natalino Salgado está recebendo várias críticas de alunos e professores da academia.
Segundo a Apruma – Seção Sindical do ANDES (SN) -, o grupo de Natalino Salgado emitiu uma minuta de resolução da consulta prévia à eleição da reitoria e da vice-reitoria da UFMA. Em nota, o sindicato afirmou que a minuta tem “vários agravos à democracia”.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor desta terça-feira (12/04) entrevistou Chico Gonçalves, jornalista e professor do Departamento de Comunicação Social da UFMA.
(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Chico Gonçalves)
O professor disse que a gestão de Natalino não está colaborando para um processo “transparente e democrático” nas eleições, e que as críticas são importantes para garantir uma votação com mais confidencialidade e sem autoritarismo.
“Lamentavelmente, uma das questões que se observa, hoje, no ambiente universitário é o medo de retaliação das pessoas por contrariar o núcleo de dirigentes da UFMA. Isso é grave. Em uma universidade, professores e funcionários se sentem intimidados ao expressar livremente a sua opinião”, declarou Chico Gonçalves.
Chico ressaltou que o reitor Natalino “compactuou com o processo do bolsonarismo” que acontecia no país, no período da última eleição ao cargo de reitor da universidade e que, por isso, foi nomeado. Na visão do professor, “Natalino é sacramentado em um regime autoritário e fascista”.
“No momento em que o fascismo se impõe como alternativa política, cabe às forças democráticas se unirem para derrotar o vírus do fascismo e do autoritarismo. As decisões tomadas pelo conselho da universidade, liderado por Natalino Salgado, possuem uma série de medidas que implanta um modelo de exclusão na universidade que não leva em conta a realidade do estado”, afirmou o professor.
Gonçalves lembrou que é preciso “garantir a participação plena da comunidade universitária” nas decisões que interferem “na vida acadêmica” e que agora é o momento de unir forças contra essa gestão do retrocesso.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Chico Gonçalves)