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Greve! Sinproesemma toma decisão sem ouvir a base

Segue um impasse em relação a greve dos professores no Maranhão. Na quinta-feira (30/03), a categoria foi surpreendida por um vídeo do presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira.

Ele anunciou o “fim da greve.” E disse ter feito “um acordo com o governo” que garante o reajuste de 11% parcelado de 2x. Trata-se do mesmo percentual que tinha sido rejeitado pela categoria, em sucessivas assembleias regionais.

Professores, que estão em greve há 30 dias, dizem que “o sindicato agiu de forma arbitrária e autoritária, sem ouvir a categoria”. Questionamentos estão sendo feitos: “o que diz o estatuto do Sinproesemma? Desconsidera a base?”

A partir do dito acordo, o sindicato solicita que os professores voltem para as salas de aula. E alguns observam “um tom de ameaça”, na fala de Raimundo Oliveira, quando é dito que os professores podem sofrer corte de ponto, descontos na sua remuneração e até mesmo processo administrativo.

Um grupo de resistência de professores segue em greve e, na quinta-feira pela manhã, manteve a agenda em frente à Assembleia Legislativa do Estado.

Lá, uma comissão composta por sete professores e professoras foi recebida pelos seguintes deputados: Roberto Costa (MDB), Carlos Lula (PSB), Julio Mendonça (PC do B), Fernando Braide (PSD), Leandro Bello (Podemos), Neto Evangelista (União Brasil), Antônio Pereira (PSB).

A comissão de professores, criada para discutir junto aos deputados a pauta de reivindicações da categoria, solicitou a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa.

E também, quinta-feira, essa comissão solicitou que o grupo de manifestantes que estava na porta da Assembleia, pudesse adentrar aquela casa. Eles seguiam no sol, enquanto a comissão conversava com os deputados.

No dia 30 de março, mais uma vez os professores e professoras manifestantes foram barrados e não puderam entrar na chamada “casa do povo”.

Os deputados presentes citaram que a resolução administrativa nº 157/2020, de 17 de março de 2020, ainda estaria em vigor. Esse “argumento” não convenceu ninguém…

Dentre os parlamentares presentes, o deputado Júlio Mendonça, membro da Comissão de Educação, acatou o pedido da comissão e garantiu que faria solicitação de uma audiência pública, com data prevista para terça-feira (03/04).

O movimento de greve realizou uma plenária na manhã desta sexta-feira (31), no auditório do Sindicato dos Bancários e deliberou a continuidade da greve, com atividades agendadas para próxima semana.

Vejam abaixo as atividades já divulgadas. 👇🏿

03.04.2023 (segunda-feira)
Local: Em frente à sede do SINPROESEMMA.
Hora: 08h30


04.04.2023 (terça-feira)
Local: Assembleia Legislativa – ALEMA
Hora: 08h30


05.04.2023 (quarta-feira)
PLENÁRIA CULTURAL
Local e Horário a ser definido.

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Marise

A greve começou com assembleia e só pode ser encerrada com assembleia,onde todas as regionais votarão para o fim ou a continuidade da greve. O que o sindicato fez,na pessoa do presidente,foi rasgar o estatuto do servidor. Arbitrariamente,na surdina ,sem responsabilidade com os direitos da categoria,e Deus sabe por qual motivo, o representante do sindicato ,em atitude traidora,resolve suspender o movimento paredista. Nunca lutou pela causa da categoria. E o pior,nem pela causa dele. Pois ,jamais era pra ter aceitado terminar a greve sem conseguir o pleito que pretendia. Os 11 por cento , categoria já havia recusado . É uma vergonha ter um representante desse nível. Gov.Brandao,secretário Felipe,nós queremos é o que é de direito nosso . O piso nacional.

GiseliAndrea

O SIMPROESSEMA ignora uma decisão coletiva da categoria para se aliar ao governo. E o governo manipula o sistema com ameaça de corte de ponto e não cumpre uma Lei Federal do Piso. Como a educação do Maranhão vai avançar dessa forma?

Regina Maria de Carvalho

Parabenizo a Agência Tambor, por divulgar a luta de uma classe torturada, sem reajuste salarial durante o governo de Flávio Dino, há oito anos. Atualmente vivenciamos o pouco caso do governo Brandão, que está dando seguimento às mesmas atrocidades do governo anterior.

Claudia

Esse sindicato é muito pelego. Nunca ouviu e respeitou os professores.


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