O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou, no sábado (04/03), uma moção pública para exigir a saída imediata do atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho , deputado federal do União Brasil, eleito pelo Maranhão.
O ministro tem vinculações com o bolsonarismo e é alvo de denúncias de uso indevido de dinheiro público. O jornal Estado de S. Paulo revelou problemas em uma viagem do ministro, realizada com deslocamento em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), onde teria passado a maior parte do tempo dedicado a compromissos pessoais.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor desta terça-feira (07/03) ouviu Maria José Braga. Ela foi eleita, no último dia 05 de março, a secretária-geral do FNDC.
Maria José é jornalista. Além de dirigente do FNDC, ela é ex-presidenta e atual secretária de Relações Internacionais da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e integra o Comitê Executivo da Federação Internacional dos Jornalistas.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Maria José Braga)
A jornalista disse que as denúncias contra Juscelino são suficientes para afastá-lo do cargo, se comprovada as acusações. Ela frisou que mesmo antes das denúncias, movimentos sociais já alegavam “inadequação” da indicação do ministro para comandar a pasta.
“Juscelino não tem absolutamente nenhuma ligação com a área da comunicação. Ele é médico, nunca esteve no debate das comunicações no Brasil e por tanto não se encaixa em nada no perfil de um Ministro das Comunicações”, afirmou Maria José Braga.
Diante da situação, o ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última segunda-feira (06/03), para apresentar justificativas às graves denúncias. Por enquanto, o deputado segue no cargo.
Maria José explicou que a decisão do presidente Lula de manter o ministro precisa ser repensada e que é fundamental que a sociedade brasileira tenha “a clareza da importância do Ministério das Comunicações”.
A jornalista lembrou ainda que as comunicações interferem diretamente na vida da população e por isso deve ser tratada com responsabilidade, como assunto prioritário.
A secretária-geral do FNDC acrescentou que é essencial no Brasil a “regulação das comunicações” e “formas de sustentação financeira dos meios de comunicação não hegemônicos”. Segundo ela, isso é fundamental para garantir a democratização da informação no país.
(Acesse a moção aprovada durante a 24ª Plenária Nacional do FNDC)
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Maria José Braga)