Foto: Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em 1989, um grupo com mais de 90 eletricistas entrou com uma ação contra a ALUMAR, na Justiça do Trabalho. Depois de 34 anos, o caso continua sem nenhuma solução.
Na época, os trabalhadores reivindicavam reajuste salarial de 30%, como forma de compensação por ficar expostos a riscos de vida.
A ALUMAR negou o pagamento para os eletricistas, descumprindo a Lei 12.740/2012, que caracteriza a profissão como perigosa, portanto o adicional não poderia ser negado.
O assunto foi tema do Jornal Tambor desta quinta-feira (23/02), que ouviu Luiz Noleto, um dos eletricistas que entraram com a ação contra a ALUMAR.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Luiz Noleto)
Segundo Noleto, a empresa alegava que a categoria não tinha direito ao adicional e chegou a “oferecer R$ 5 mil para que os trabalhadores desistissem do processo” na Justiça. Apenas 30 eletricistas aceitaram a quantia.
“A ALUMAR criou vários empecilhos jurídicos para atrasar o processo. Depois, ela exigiu uma perícia, que foi favorável para os trabalhadores, mas o documento chegou a sumir em Brasília”, afirmou Luiz Noleto.
Após 18 anos da perícia realizada em Brasília, o processo voltou para o Maranhão. Luiz Noleto ressaltou que a Justiça do Maranhão pediu uma nova perícia e que o laudo técnico apresentado pelo perito responsável “foi fraudado com o consentimento da ALUMAR”.
“Isso não se trata simplesmente de uma demora por conta de coisas burocráticas”, frisou.
Após mais de três décadas, alguns desses eletricistas já faleceram e outros mudaram de profissão. O ex-eletricista reforçou que o momento é de cobrar providências do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a respeito do processo.
“O processo já teve vários retornos. Hoje ele se encontra na 1ª Vara do Trabalho, apenas para ser executado”, frisou Noleto.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor com a entrevista completa de Luiz Noleto)