Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
09/02/2021
Foto: Divulgação/Governo do Maranhão
Alguns países já registram novas variantes do coronavírus, que geram preocupação dos pesquisadores e profissionais da área da saúde. No Brasil, mutações do vírus foram encontradas em Manaus (AM), explicando o aumento de casos e da saturação na saúde pública e privada na cidade
O Radiojornal Tambor recebeu, nesta terça-feira, 09, o médico e epidemiologista, Antônio Augusto Moura da Silva, para tratar sobre a Covid-19 no Maranhão e as vacinas.
O médico informa que pelo aumento de casos no Maranhão, relatos de reinfecção, e mais outros indicativos, há indícios que a nova variante do vírus esteja no estado, mas ainda não há confirmação. Este novo tipo demonstra ser de mais rápida transmissibilidade e pessoas que já contraíram a Covid-19 têm probabilidade de se infectar novamente.
Os laboratórios e pesquisadores no estado fazem o estudo do sequenciamento do vírus para comprovar se realmente a mutação está no Maranhão.
Em relação às vacinas aprovadas, ele explica que são eficientes para a antiga variante do coronavírus que já circula no país. Os pesquisadores estudam se estes imunizantes perdem eficácia com as novas mutações.
No entanto, se espera que a efetividade das vacinas em relação à proteção contra o agravamento, hospitalização e mortes, continue em 100%, e se mantenha funcionando.
Antônio Augusto também destaca a preocupação com o avanço da segunda onda da Covid-19 no Maranhão. De acordo com ele, o cenário é preocupante, com aumento das taxas de ocupação de leitos nas redes privadas e públicas.
Para o epidemiologista, está na hora de as autoridades locais adotarem medidas mais restritivas para reduzir a situação do vírus no Maranhão. E que o lockdown deve ser uma possibilidade futura, se necessário.
“Como estudioso estou ficando cada vez mais preocupado com o cenário. Temos muitas coisas para fazer antes do lockdown e não estamos fazendo”, evidencia.
Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast: