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Brasil de Fato denúncia violência no Parque Estadual do Mirador

Foto: Brasil de Fato

Famílias de agricultores foram multadas e impedidas de plantar no Parque Estadual do Mirador, localizado no município maranhense do mesmo nome.

Na área habitam mais de 50 comunidades tradicionais que vivem do plantio de arroz, milho e mandioca para produção de farinha.

Cercados por plantações de soja, essaa famílias denunciam incêndios criminosos, intimidações e discriminações para que não plantem mais na região.

O assunto foi tratado num vídeo do site Brasil de Fato, com sede São Paulo, divulgado nesta sexta-feira (18/11).

Genivaldo Trajano, morador de uma das comunidades, conta no vídeo que o assédio é feito também pela polícia. “Chegam uns cinco carros da polícia, o corpo de bombeiros, a força nacional ameaçando suspender as roças, obrigando as pessoas a darem o documento para receberem multa. Queremos saber se eles vêm para cá com a ajuda do governo do Estado ou com a força das empresas do agronegócio.”

Nascido e criado na comunidade Travessia, que acumula denúncias de conflitos fundiários, Joselino Silva vive da venda de farinha e foi um dos abordados pela força nacional e pela Secretaria de Meio Ambiente. “Eles vem e suspendem nossas roças. Vivemos da mandioca, só produzimos mandioca e arroz. Eles falaram que não podemos vender”, explica.

A Federação dos Trabalhadores, Agricultores e Agricultoras Familiares do Maranhão (Fetaema) acompanha o caso e afirma que as famílias foram multadas em R$ 5 e 10 mil.

A Fetaema, junto a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Sindicato de Trabalhadores Rurais do Estado solicitou uma audiência pública com os órgãos competentes para pedir cancelamento da multas, manutenção das roças e acesso a direitos sociais para as famílias do Parque do Mirador. O ofício já foi encaminhado.

(Veja abaixo o vídeo do Brasil de Fato, falando sobre a questão do Maranhão)

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