Em 2022, o Brasil comemora 200 anos de independência. A data é marcada por uma conjuntura de crise política e social, ataques constantes de um presidente de extrema-direita ao sistema de votação e às urnas eletrônicas, com ameaças de golpe de Estado.
Diante disso, foi elaborada uma carta em defesa da democracia e do processo eleitoral brasileiro, divulgada na última terça-feira (26), pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
O Jornal Tambor, desta segunda-feira (01/08), ouviu o historiador Victor Coelho. Ele é professor da UFMA e integrante do Grupo de Trabalho de História Política da ANPUH, a Associação Nacional de História, entidade que ele já presidiu no Maranhão.
(Veja, ao final desse texto, a íntegra do Jornal Tambor com a entrevista de Victor Coelho)
O documento já tem mais de meio milhão de assinaturas e é uma resposta aos ataques frequentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e as instituições.
A adesão de personalidades relevantes da elite econômico-financeira ao documento foi significativa. Empresários, juristas, artistas e representantes da sociedade civil assinaram.
Na visão de Victor, a carta já está cumprindo um papel gigantesco, é uma “manifestação necessária”, inspirada na defesa da democracia, estimulando o combate ao neofascismo.
Ele lembrou ainda que o legado de repreensão, deixado pela ditadura militar pós 1964, continua presente no Brasil.
“Essa democracia que estamos vivendo é uma democracia ainda muito incompleta. Não é só defender o país de um golpe do presidente Jair Bolsonaro, mas precisamos rever toda essa estrutura de um processo de transição falho”, comentou o historiador.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Victor Coelho) 👇🏾👇🏼👇👇🏿