Os cuidadores e cuidadoras da rede municipal de ensino de São Luís cobram o poder público por melhores condições de trabalho.
O assunto foi tema do Jornal Tambor dessa quarta-feira (01/06), que entrevistou a cuidadora escolar e trabalhadora da rede municipal de ensino, Louise Raphaelly.
O Cuidador(a) Escolar é um profissional que realiza suas atividades junto as crianças com deficiência nas escolas da rede municipal, responsáveis em tarefas escolares e pessoais desses alunos, dentro do espaço educacional.
( Veja, ao final desse texto, a integra do Jornal Tambor, com a entrevista com Louise Raphaelly)
Segundo Louise, em São Luís, a categoria vem sofrendo há cinco anos com o descaso por parte da prefeitura. Uma das principais pautas de reivindicação é a equiparação da jornada de trabalho. A categoria é a única ligada ao poder público municipal de São Luís, que trabalha 40 horas semanais, em jornada de trabalho.
Louise explicou que este ano, o sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de São Luís (SINFUSP – SL) elaborou uma minuta de um projeto de lei/035, votado e aprovado pelo Legislativo do município de São Luís, para a redução da jornada de trabalho desses profissionais.
O projeto estabelece jornada semanal de 30 (trinta) horas semanais. A secretaria Municipal de Educação (SEMED) constatou inconstitucionalidades no PL 035, mas não entrou em contato com a assessoria do SINFUSP para melhores esclarecimentos.
Louise explicou que os cuidadores desenvolvem uma rotina diária desgastante, falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) durante o cuidado a criança com deficiência, ausência de infraestrutura nas escolas. “Estamos tirando dinheiro do nosso próprio bolso, para bancar os EPIs, nós necessitamos desses EPIs tanto para a nossa segurança quanto também para a criança”, ressaltou.
Outra reivindicação da categoria é o reajuste salarial, os educadores tiveram um aumento em seus salários no valor de R$ 19,00 apenas. “O reajuste que foi dado para os servidores no valor de 8%, não contemplou nossa categoria”, destacou Louise.
O SINFUSP irá continuar cobrando da Prefeitura de São Luís explicações sobre o projeto de lei. Louise acrescentou que os cuidadores municipais de São Luís também irão continuar cobrando e se mobilizando por condições dignas de trabalho.
“Não trabalhamos apenas por dinheiro, trabalhamos por amor, mas infelizmente o amor não paga nossas contas, nós somos trabalhadores em busca dos nossos direitos”, completou Louise.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, a entrevista com Louise Raphaelly) 👇🏽👇👇🏾